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Lars Grael quer Pan de 2007 no Brasil

O iatista assumiu a Secretaria Nacional de Esporte nesta terça-feira, com planos de "deixar os alicerces" para que o País possa sediar uma Olimpíada.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O iatista Lars Grael tomou posse nesta terça-feira da Secretaria Nacional de Esporte do Ministério do Esporte e Turismo prometendo desenvolver o programa nacional de esporte na escola e lutar para trazer os Jogos Pan-Americanos e Paraolímpicos de 2007 para o Brasil. Com isso, ele pretende "deixar os alicerces" para que, no futuro, o País possa sediar uma Olimpíada. "O Pan-Americano pode ser nosso passaporte para a Olimpíada de 2012", endossou o ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles. Para atingir esse objetivo, ele revelou que também deseja incentivar a realização de inúmeras competições internacionais no Brasil. Entre elas, a Copa do Mundo de Futebol de 2010. A posse de Lars Grael foi bastante prestigiada, a começar pela presença de quatro ministros: Melles (Esportes), Paulo Renato Souza (Educação), Pimenta da Veiga (Comunicações) e José Gregori (Justiça). Ao entrar no lotado auditório do ministério, o novo secretário foi aplaudido de pé por atletas, políticos e funcionários públicos. "Lars tem um grande futuro político pela frente. Não precisa ser nenhuma pitonisa para prever isso", comentou o ministro Paulo Renato, diante da popularidade do atleta. Até lideranças indígenas compareceram à cerimônia de posse de Lars Grael. O vereador xavante Jeremias Pinitaawe disse que vai reivindicar empenho do novo secretário para transformar em competição olímpica a corrida de buritis, em que os índios fazem um revezamento carregando uma tora nas costas, por 100 metros. O xavante Edmundo Azu Aiwi Omore contenta-se com a continuação de incentivos para os jogos indígenas, que reúnem várias etnias do País. A Secretaria Nacional de Esportes surgiu em substituição ao Instituto Nacional de Desenvolvimento do Esporte (Indesp), órgão que autorizava abertura de bingos e foi extinto em outubro do ano passado sob acusações de corrupção. "Este entulho acabou", afirmou Carlos Melles, lembrando que o esporte estava muito misturado aos bingos. E, segundo o ministro, apenas 10% dos cerca de 1.800 bingos abertos no Brasil estavam em situação regular. Carlos Melles deseja que o esporte sirva para socialização e integração das pessoas, para redução da violência e do uso de drogas no País. O projeto do ministério, em parceria com o da Educação, é inserir novamente a prática esportiva no currículo da escola. "Quem sabe amanhã se possa lançar um bolsa-esporte", idealiza ele, numa referência ao bolsa-escola, programa estendido a todos municípios desde segunda-feira, que consiste em dar à família um auxílio financeiro para manter o filho de 6 a 15 anos na escola. Futebol - Durante a cerimônia, Carlos Melles voltou a falar sobre as mudanças na Lei Pelé. Ele disse que a comissão a ser criada para estudar o assunto poderá concluir o trabalho apenas após o início da vigência da Lei, em 26 de março. Os dirigentes querem impedir a entrada em vigor da lei que garante o passe livre ao jogador de futebol. O ministro também explicou que ainda não há decisão se o governo editará uma medida provisória para efetivar as mudanças. "Só depois da construção técnica, vamos decidir a parte normativa." A comissão terá representantes do Clube dos 13, da CBF e das associações de atletas, além dos ex-jogadores Pelé e Zico, que já foram ministros do Esporte.

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