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Lei de Incentivo ao Esporte deixa os dirigentes animados

A comunidade esportiva já faz planos para utilizar os recursos, apesar de a nova lei ainda precisar da aprovação do Senado e da sanção do presidente Lula

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Por Agencia Estado
Atualização:

Eufóricos pela aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte na Câmara dos Deputados, presidentes de várias entidades já se mobilizam para a captação dos recursos que podem representar a redenção de suas modalidades no Brasil. Além da duplicação de receitas e estímulo à formação de atletas, eles pensam até em planos ousados como a construção de piscinas em comunidades carentes. Apesar de ter sido aprovada na última terça-feira na Câmara dos Deputados, a Lei de Incentivo ao Esporte ainda precisa passar por votação no Senado e pela sanção do presidente Lula. A idéia é que ela entre em vigor no ano que vem, dando benefícios fiscais para quem investir no esporte brasileiro. ?Quem tem um bom produto, como o basquete, vai ter condições de captar recursos. Recebemos hoje R$ 2 milhões da Lei Piva, R$ 8 milhões do patrocínio da Eletrobrás e o ideal seria dobrar esse valor para atender a todos os nossos projetos?, disse o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Nicolas Bozikis, o Grego. Outra intenção da CBB é ampliar o ?Basquete do Futuro?, já aplicado em comunidades carentes em sete Estados. A Vela, responsável pela conquista do maior número de medalhas olímpicas para o Brasil, atualmente está sem patrocínio e vê na Lei de Incentivo ao Esporte a sua salvação. O presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM), Walcles Osório, destacou que, por ser um esporte de pouca visibilidade, a captação de parceiros tornou-se ainda mais difícil. Mas ele disse ter agora como ofertar um atrativo extra aos interessados, principalmente, para reerguer aos clubes náuticos. O presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Azevedo, prevendo a aprovação da nova lei, saiu na frente e, desde junho, elaborou um plano de marketing para ?vender? a modalidade em 2007. Na Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), o presidente Stefano Arnhold também previu um novo futuro para o esporte - aparentemente desconhecido no País. ?Por exemplo, o ski alpino é algo para um público mais sofisticado. O snowboard denota jovialidade. Mercado temos, porque a audiência ao vivo das transmissões da Olimpíada de Inverno, em Turim, neste ano, superou todas as expectativas?, afirmou o dirigente. Já o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, vai se encontrar com o governador eleito do Rio, Sérgio Cabral, para propor a construção de piscinas, com recursos privados, em comunidades carentes. A Rocinha, em São Conrado, zona sul da cidade, seria a primeira a contemplada, com duas piscinas para atender a 1.500 jovens. ?A Cultura arrecadou R$ 600 milhões neste ano. Imagina quanto o Esporte não vai arrecadar??, comparou o dirigente.

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