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Lenílson e Domingos vão ao Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

Vicente Lenílson e André Domingos estão classificados para a prova dos 200 metros rasos para o Mundial de Helsinque, na Finlândia, em agosto. Nesta sexta-feira, Vicente Lenílson ficou com a medalha de ouro no Troféu Brasil de Atletismo, na pista do Ibirapuera, em São Paulo, ao fazer 20s44, seguido por André Domingos, com 20s53. O terceiro representante do Brasil nesta prova do Mundial será definido até o dia 26 de julho. Será o melhor do ranking nacional (Basílio Emídio e Bruno Pacheco estão na primeira e segunda posições, respectivamente). Neste sábado, Vicente Lenílson e André Domingos voltam à pista pela manhã para a eliminatória dos 4x100 metros - com reforço de Claudinei Quirino, que fará sua despedida do atletismo. Vicente Lenílson dedicou a vitória ao filho Pedro, que completou 22 dias nesta sexta-feira. "Quando meu filho nasceu disse que correria o Troféu por ele", revelou após a prova. Em seguida, esbravejou com os repórteres: "Tem gente que acha que não vou ganhar por ser baixinho (1,66m) e nordestino (potiguar). Nunca falam que sou favorito na prova, só me procuram depois dela." Com índice para os 100m e o 4x100m, ele ainda não sabe se correrá os 200m em Helsinque. "Talvez eu desista dos 200m, preciso conversar com o Jayme (Jayme Netto, técnico), vou só esperar o terminar a competição", afirmou Vicente Lenílson, que disputará seu sexto Mundial. André Domingos, que havia anunciado que venceria a prova, gostou do resultado. "Fico feliz de sempre vir ao Troféu Brasil e subir no pódio. Sabia que se não vencesse, ficaria com a segunda vaga, com todo respeito aos meus adversários", revelou o atleta, que fará o seu sétimo Mundial. Na prova feminina dos 200 metros rasos, a melhor foi Lucimar Aparecida de Moura (BM&F), com 22s75, igualando o recorde do campeonato que pertence a ela mesmo - tem índice para o Mundial nos 100m e nos 200m. Na final dos 400 metros, Lucimar Teodoro foi a grande surpresa. Venceu a prova e fez o índice A para o Mundial de Helsinque. Marcou 51s23 (o índice é 51s50). "Não esperava esse resultado, porque não estou treinando para essa prova", admitiu. Vontade é o que não lhe falta para treinar para os 400 metros, prova que Lucimar "adora", mas o seu técnico Jayme Netto não deixa.. "Ela tem mais potencial nos 400 metros com barreiras, tem mais chances de crescer", justificou o treinador. Lucimar estava classificada com o terceiro tempo para final e deixou para trás as favoritas Maria Laura Almirão, que terminou na segunda posição, com 51s30, e Geisa Aparecida Coutinho, com 52s00. Mesmo perdendo a prova, Maria Almirão comemorou muito. "Foi o melhor tempo da minha carreira, estou muito feliz e não ligo por ter perdido", falou. Sua melhor marca era 51s43. Como Maria já tinha o índice A do ano passado, ela e Lucimar estão garantidas no Mundial da Finlândia. Lucimar também tem índice para os 400m com barreiras e no revezamento 4x400m - uma vez que o Brasil terminou em décimo lugar em Atenas e automaticamente conseguiu vaga. Na prova masculina dos 400 metros, Sanderlei Parrella, prata no Mundial de Sevilha/99, deu a volta por cima. Sem técnico e clube desde dezembro, quando foi demitido da equipe Brasil Telecom de Presidente Prudente, ele foi o campeão da prova: 45s92, mas não obteve índice. "O único jeito de dar uma resposta é com resultado", disse, emocionado, após a prova. Nos 3.000 metros com obstáculos, Michelle Barreto Costa superou o recorde sul-americano - 10m00s54 contra 10m03s56. "Foi uma surpresa porque estava dois meses parada com uma lesão na panturrilha", explicou. No salto em distância, Jadel Gregório foi surpreendido por Erivaldo da Cruz Vieira. Erivaldo saltou 7,96m e Jadel fez 7,92m. Ambos não atingiram o índice A que é 8,20m.

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