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Londres pede a COI homenagem aos mortos de Munique

Políticos ingleses querem que um minuto de silêncio seja respeitado na cerimônia de abertura ou encerramento dos Jogos

Por LONDRES
Atualização:

Legisladores de Londres pediram ao Comitê Olímpico Internacional para mostrar coragem política e permitir um minuto de silêncio durante as cerimônias de abertura ou encerramento dos Jogos de Londres para marcar o 40.º aniversário do massacre de Munique. Onze membros da equipe israelense morreram nos Jogos Olímpicos de 1972 em Munique após serem mantidos reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.O governo da então Alemanha Ocidental, liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.A Assembleia de Londres votou por unanimidade ontem uma moção de apoio por um minuto de silêncio para os atletas e técnicos que morreram no ataque. Andrew Dismore, que propôs a moção, disse que as mortes foram além da política e da nacionalidade. "O COI diz que fazer um minuto de silêncio para homenagear estas vítimas do terrorismo seria um 'gesto político', mas certamente não fazer um minuto de silêncio é, em si, o gesto político", disse ele em um comunicado. "Isto não tem a ver com a nacionalidade das vítimas - eram atletas olímpicos." Os londrinos arcaram com cerca de 10% dos 9,3 bilhões de libras (US$ 14,6 bilhões de dólares) da conta pública para ser sede dos Jogos, com o restante vindo do governo central e da loteria nacional. Roger Evans, outro parlamentar que apoiou a moção, disse que "o COI precisa mostrar um pouco de coragem política e permitir a lembrança de uma tragédia que afetou os convidados deles durante o evento organizado há 40 anos." O comitê organizador de Londres (LOCOG), responsável pela realização dos Jogos, disse que isso era uma questão para o COI.

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