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Luta corre risco de ficar fora dos Jogos de 2020

Tradicional modalidade não consta na lista dos esportes-base e terá de disputar uma vaga com outras sete

Por LAUSANNE
Atualização:

A 125.ª sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) realizada ontem, em Lausanne, acabou em polêmica. Na reunião do comitê executivo da entidade foram decididos os esportes-base para o programa dos Jogos de 2020, com sede a ser definida. E a luta olímpica, com suas duas modalidades (livre e greco-romana) ficou de fora da lista.Junto com o atletismo, a luta é a modalidade com maior tempo de permanência no programa olímpico (só não foi disputada em Paris/1900). Agora, terá de brigar com outros sete esportes - beisebol, caratê, patinação, escalada, squash, wakeboard (tipo de esqui aquático) e wushu (kung fu) - por uma vaga na edição que sucederá os Jogos do Rio, em 2016. A decisão final será no congresso do COI em setembro. O encontro, que será em Buenos Aires, definirá também a cidade-sede de 2020 - disputam Tóquio, Madri e Istambul.A polêmica decisão do COI teve reação imediata. Além do apoio nas redes sociais (o assunto se tornou um dos mais comentados no Twitter), a Federação dos EUA criou uma página no Facebook - "Keep wrestling in the Olympics" (Mantenham a luta na Olimpíada) - para tentar mobilizar a opinião pública. Na página, foram publicados os telefones e contatos de todos os patrocinadores do COI. Uma petição na internet também foi lançada.A Confederação Brasileira de Lutas (CBLA), que acabou de montar seu centro de treinamento, divulgou uma nota oficial. Segundo o superintendente da entidade, Roberto Leitão, o esporte atende aos quesitos de universalidade exigidos pelo COI (está presente em mais de 180 países) e tem força nos bastidores."Fomos pegos de surpresa com a notícia e acreditamos que isso não vá em frente. O lobby internacional da luta é muito forte, tendo a Rússia e ex-países da União Soviética, EUA e Japão como seus principais defensores."

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