
20 de outubro de 2015 | 16h01
"Treino com meu marido todos os dias pois não tenho mulheres do meu peso para treinar. Se eu treinar com as outras meninas, posso machucá-las, pois sou muito grande. Ainda não conseguimos apoio o suficiente para levar adiante essa parceria de sucesso, e sem conseguir manter meu marido treinando comigo, meu projeto olímpico fica muito prejudicado", escreveu Aline na página da campanha, que pretende arrecadar R$ 18 mil.
A lutadora já havia reclamado da ausência do marido à imprensa durante os Jogos Pan-Americanos. A Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) alega que nenhuma outra atleta tem o privilégio de viajar com um sparring próprio. Além disso, a presença do marido de uma lutadora no meio de uma delegação feminina poderia causar desavenças.
Diferente do que alega Aline Silva, ela não é a única atleta peso pesado do Brasil, ainda que seja claramente a melhor. Em março, ela foi a campeã nacional, batendo na final Leticia Lalli, do Paraná. Mileide Oliveira e Keila Silva também foram ao pódio.
Como todos os atletas do Sesi-SP, Aline Silva é contratada pelo clube por carteira de trabalho. Vice-campeã mundial, ela recebe a mais alta faixa do Bolsa Pódio: R$ 15 mil ao mês. Além disso, a lutadora é 3º Sargento da Marinha, com direito a solto que supera R$ 3 mil. Essas três fontes, assim como a CBLA, garantem à lutadora equipe multidisciplinar.
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