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Lydia: Foi mais fácil vencer este ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Nem a queniana Lydia Cheromey esperava tanta facilidade para conquistar seu terceiro título na São Silvestre. Hoje, sob a temperatura de 30 graus, a líder do ranking mundial dos 15 mil metros "passeou" pelos 15 km da prova. No meio da prova, abriu mais de 200 metros relação ao pelotão e não foi mais alcançada. O pódio foi completado pelas brasileiras Lucélia Peres, Adriana da Silva e Marily dos Santos, e pela queniana Peninah Cheruto. Vencedora em 1999 e 2000, Lydia era a favorita absoluta para conquistar o primeiro lugar na São Silvestre. Desde que chegou em São Paulo, admitiu tal status. Quando cruzou a linha de chegada, não esboçou nem um sorriso, e só fez a festa no pódio, com a champanhe. "Vencer este ano foi mais fácil do que das outras vezes porque desta vez não senti tanta competitividade", disse Lydia. "Eu pretendia ficar no pelotão pelo menos 30 minutos, mas em um momento senti que era melhor deslanchar logo." Foi no quilômetro sete que a queniana deixou todas as adversárias para trás. Para a vencedora, o principal problema foi o calor. "Não gostei do meu tempo, pretendia fazer abaixo de 50 minutos, mas o calor realmente atrapalhou", ressaltou. As adversárias concordaram: assim que cruzaram a linha de chegada, Lucélia, Adriana e Peninah precisaram de atendimento médico. Apenas Marily chegou "inteira". "Lá na Bahia estou acostumada com um calor muito mais forte. Quando está frio, é por volta dos 26 graus. O maior problema mesmo foi que não tinha água no começo da prova. Só fomos achar água depois do quilômetro 10", justificou Marily. Lucélia, que é já foi bicampeã brasileira dos 10 mil metros em pista e venceu a Volta da Pampulha este ano sentiu o ritmo forte de Lydia: "Foi um resultado que eu já esperava porque treinei muito para a São Silvestre. Este resultado foi como chegar em primeiro. Tentei ficar junto com a Lydia, mas no quilômetro 7 ela disparou." Adriana, que em 2003 foi a sexta colocada, afirmou: "Estou realizando um sonho que tenho desde os 12 anos. Me senti preparada porque desde o ano passador achava que podia melhorar."

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