23 de fevereiro de 2013 | 09h52
SÃO PAULO - Ao contrário da edição passada, na qual os brasileiros foram os protagonistas com quatro lutas no card principal, Lyoto Machida será o único lutador do País entre as principais lutas do UFC 157, na madrugada deste sábado para domingo, em Anaheim, nos Estados Unidos. O baiano vai enfrentar o experiente americano Dan Henderson, pela categoria dos meio-pesados, da qual já foi campeão.
Depois de seis meses longe do octógono, Machida terá um duro adversário pela frente. Henderson é ex-campeão no Pride e no Strikeforce (competições consagradas de MMA), e teve uma oportunidade de disputar o cinturão em setembro, mas por conta de uma lesão acabou abandonando o evento. “Respeito o Dan Henderson, ele é um grande oponente, muito forte e um bom lutador, mas me preparei para vencer”, afirmou Lyoto Machida em entrevista ao Estado.
VÍDEO - Pesagem do UFC 157
A estratégia do brasileiro será mesclar o jiu-jítsu com o caratê que o consagrou no UFC. “Investimos num treino diversificado, principalmente porque participei de todo o treinamento do Glover Teixeira e do Roger Gracie. Então conseguimos aprimorar técnicas do jiu-jítsu e wrestling, mantendo também o Karatê Machida”, explicou o ex-campeão. Destacou que para vencer Henderson é preciso bom ritmo, sem descuidar dos trabalhos de chão e da luta agarrada.
Segundo Dana White, presidente do UFC, o vencedor terá o direito de enfrentar Jon Jones, atual campeão. Apesar de estar focado na luta de hoje, o brasileiro, que vem de ótimo nocaute sobre Ryan Bader, se mostra confiante por uma revanche.
“Jones é o atual campeão com méritos, mas não é imbatível. Como todo lutador, ele tem os seus pontos fracos. Acho difícil ele manter o cinturão por muito tempo, até porque a nossa categoria tem sido uma das mais inconstantes e competitivas do UFC, na qual o cinturão tem mudado mais de dono”, completou Lyoto, que teve a oportunidade da luta no UFC 151, mas não aceitou, alegando não ter tempo suficiente para se preparar.
A primeira das mulheres
O evento vai entrar para a história do UFC como o primeiro combate feminino da organização. O confronto entre Ronda Rousey e Liz Carmouche valerá pelo cinturão dos pesos galo e será a luta principal da noite, o que gerou muita polêmica nos bastidores. Machida considera natural a entrada de mulheres na competição e preferiu não entrar em detalhes sobre a decisão de ser o embate mais importante do evento.
Atualizada às 19h20
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