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Má campanha e crise fazem BMW deixar as pistas

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Por Livio Oricchio
Atualização:

A crise financeira mundial e a má temporada da BMW levaram a montadora alemã a anunciar, ontem, o fim do seu projeto de Fórmula 1. Robert Kubica e Nick Heidfeld, os pilotos, vão disputar normalmente com o time as sete etapas que restam para o encerramento do campeonato de 2009. A escuderia tem base em Hinwil, na Suíça, e Munique, na Alemanha. A exemplo do que aconteceu com a Honda, no ano passado, a associação das equipes de Fórmula 1 (Fota) já se movimenta para tentar viabilizar a continuidade da escuderia nas mãos de outro proprietário (em 2008, a Brawn GP assumiu o controle da equipe Honda). Mercedes e Toyota desmentiram rumores, ontem, de que poderiam também deixar a Fórmula 1. "Nossos dez anos de experiência no Mundial permitiram extraordinário conhecimento aos nossos engenheiros. Precisamos de apenas três anos para atingirmos o estágio de time de ponta, mas infelizmente não correspondemos ao esperado este ano", disse Klaus Draeger, diretor da BMW. No ano passado, a Super Aguri já havia abandonado a Fórmula 1 por falta de recursos econômicos. No fim da temporada, a crise fez a Honda repensar sua estratégia esportiva, mantendo-se apenas com as motos, e agora foi a vez de a BMW parar. Max Mosley, presidente da FIA, distribuiu nota dizendo-se não estar surpreso com a notícia. Ele alimentou uma briga com a Fota até as últimas consequências para reduzir os custos da Fórmula 1. Kubica, jovem polonês de talento, tem mercado na competição. A transferência de Fernando Alonso da Renault para a Ferrari já está fazendo Flavio Briatore, diretor da organização francesa, procurar um grande piloto. Ele pode ser Kubica. Já para Heidfeld, 32 anos, sem ter demonstrado grande capacidade, será mais difícil manter-se na Fórmula 1.

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