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Madson desequilibra e volta a honrar a camisa 10 do Santos

Jogador de 1,60 m mescla bom futebol com dedicaçao ímpar e torna-se fundamental na vitória de sua equipe

Por Fábio Hecico
Atualização:

O destempero de Diego Souza foi o assunto principal do pós-jogo entre Palmeiras e Santos. Mas não foi o suficiente para ofuscar o brilho de um baixinho dono de futebol gigante durante a partida. Madson, 1,60 m e apenas 22 anos honrou a camisa 10 do Santos, consagrada por ninguém menos que Pelé. Além de marcar um dos gols do time santista, deu enorme trabalho para os defensores rivais. "O homem não pode ser medroso e isso eu carrego comigo. Eu não tive medo de cara feia, de jogador grande e dei contribuição enorme para minha equipe diante dos gigantes do Palmeiras." O jogador havia prometido, às 17 horas, quando o Santos chegou ao estádio palmeirense, que sua equipe daria trabalho com muita correria. "Temos de fazê-los sentir a força do Santos. Nada de se defender." Sábias palavras. Ele foi um gigante. Fabinho Capixaba e Pierre devem estar até agora com a cabeça quente e procurando o hábil e abusado camisa 10. "Os jogadores do Palmeiras disseram que se eu fizesse jogadas individuais iam me jogar na torcida. Falei que podiam dar (pancada), pois se não, seguiria fazendo. Não deram.?? Todas as jogadas ofensivas do Santos passavam pelos pés de Madson. Sua noite foi tão boa que levou a famosa turma do amendoim palmeirense à loucura com Capixaba com apenas 30 minutos. Vendo seu lateral levando baile, começaram a vaiar todo toque na bola do camisa 14. Não bastasse isso, ainda exigiam, aos berros, sua substituição. "Graças a Deus pude estar no lugar certo, na hora certa. E o passe foi muito bom, né", afirmou Madson, referindo-se a bola precisa servida pelo garoto Neymar. "Ele é muito inteligente, se a gente se movimentar, vai nos colocar toda hora na cara do gol." Mas você não está cansado de tanto que correu? "Aqui a pilha é duracell, estou pronto para correr todo o segundo tempo." Mostrou que estava mesmo aos 18 minutos, ao passar, em velocidade, por cinco marcadores e só ser parado com falta. Madson jogou tão bem que até o sempre eficiente Pierre sofreu com ele. E chegou a perder a cabeça e a partir para cima de Madson, reclamando das jogadas do baixinho.

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