Publicidade

Mãe de Popó já prepara a feijoada

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Carne-de-charque, toucinho, salpresa, tudo cozido na panela de pressão com muita folha de louro que é pra dar gosto no feijão. A mãe de Popó, dona Zuleica Freitas, foi nesta terça-feira ao supermercado para comprar os produtos que faltavam de uma feijoada que está ficando tradicional em Salvador. É a feijoada por mais uma vitória do filho querido, agora campeão mundial dos leves depois de derrotar Artur Grigorian, do Usbequistão. Além de tirar o megahair que "já está incomodando", Zuleica não pensa em outra coisa a não ser mimar o filhote usando um de seus fracos: a gula, já evidenciada, segundo ela, desde a infância, pois Popó mamou até os 5 anos de idade. Zuleica desembarcou nesta terça-feira, ao meio-dia, em Salvador, acompanhada do sparring Babaga, e do filho Luís Cláudio Freitas, também pugilista, que representou o boxe brasileiro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Popó só retorna dos Estados Unidos depois de curtir mais uma lua-de-mel com a mulher, Eliana Guimarães, com quem voltou a se relacionar depois de uma temporada com a goiana Ana Liz. O pugilista baiano viajou para uma estação de esqui no gelado estado norte-americano de Vermont, fronteira com o Canadá. O campeão mundial chega ao Brasil na quinta-feira, depois de pegar o avião de volta para Miami e de lá, São Paulo. A festa pela conquista do segundo título - Popó também é dono dos cinturões dos superpenas da Organização Mundial e da Associação Mundial de Boxe -, com a dança do nocaute, uma especialidade dos baianos do bairro pobre da Cidade Nova, ficará para domingo, junto com a feijoada de Zuleica. A mãe de Popó não aumentou a dosagem do remédio controlado para pressão alta, o Pressat, porque conseguiu ficar imune à luta. Para isso, se trancou no vestiário à prova de som e evitou qualquer contato com o meio externo. Dentro de seu abrigo improvisado, Zuleica ficou sem televisão. "Não se ouvia zuada, nem ninguém gritando, porque pra meu coração isso é um sofrimento", disse a mãe zelosa, que somente se tranqüilizou depois que "um estrangeiro embolou a língua pra dizer que ele tinha ganho a luta." Zuleica disse ter se apegado a uma imagem de Senhor do Bonfim, rezando para que todos os santos cuidassem de desviar os murros do usbeque, além de dar mais força aos socos de Popó. "Lembrei muito de Babinha, o pai de Popó, pois foi a terceira luta que ele fez sem a torcida do pai, na terra", disse a viúva de Niljalma Freitas. A lembrança de seu Babinha está materializada em um neném de um mês de vida, o sexto filho do irmão de Popó, Luis Cláudio Freitas, com a mulher Sandra. "Fiz questão que o menino se chamasse Niljalma Neto e botei o mesmo apelido do avô, Babinha", disse Zuleica.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.