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Máfia desvendada em 2005

Jogos apitados por Edilson Pereira foram anulados

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Por Redação
Atualização:

Há pouco mais de três anos, o futebol brasileiro parou para acompanhar séria denúncia ligada à arbitragem: jogos do torneio de 2005 haviam sido manipulados por um esquema de apostas. Em 24 de setembro daquele ano, a revista Veja revelou o que viria a ficar conhecido como a Máfia do Apito. Os árbitros paulistas Edilson Pereira de Carvalho, então pertencente ao quadro da Fifa, e Paulo José Danelon foram acusados de fraudar resultados de partidas para beneficiar um grupo de empresários que apostava via internet - a prática de apostas pela web é comum no exterior, mas proibida no Brasil. A base do esquema ficava na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Edilson e Danelon, assim como o empresário Nagib Fayad, organizador do esquema, foram presos. As primeiras investigações davam conta de que a quadrilha teria movimentado R$ 3 milhões apenas em 2005 - Edilson receberia entre R$ 10 mil e 15 mil por jogo e Danelon revelou ter ganhado R$ 30 mil em três jogos do Campeonato Paulista de 2005. Em 2 de outubro, o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Armando Marques, foi demitido. No dia seguinte, o presidente do STJD, Luiz Zveiter, determinou que os 11 jogos apitados por Edilson no Campeonato Brasileiro fossem disputados novamente. Cinco clubes que se sentiram prejudicados - Santos, Internacional, Cruzeiro, Ponte Preta e Figueirense - entraram com recurso, mas a apelação não foi aceita. O Corinthians foi campeão do torneio, decidido apenas na última rodada, e com um erro de arbitragem na partida decisiva contra o Inter, no Pacaembu. Todos os envolvidos no caso, indiciados por estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, estão em liberdade. Em 2006, foi a vez de a Itália ser assolada por novo escândalo de arbitragem. Às vésperas da Copa da Alemanha, conversas grampeadas entre um dos diretores da Juventus, Luciano Moggi, e juízes, revelaram esquema de manipulação de resultados. O time de Turim perdeu o título da temporada 2005/ 2006 (a Inter herdou o scudetto) e foi rebaixado à Série B, onde começou o torneio seguinte com 17 pontos a menos. Milan, Fiorentina e Lazio foram punidas com perda de pontos, mas ficaram na Primeira Divisão.

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