De flagra em cassino a sumiço de três dias. O esporte brasileiro foi marcado por uma série de episódios polêmicos no ano de 2021, em casos que extrapolaram as quatro linhas e conturbaram os bastidores do Time Brasil na Olimpíada de Tóquio.
Relembre, a seguir, as principais polêmicas de 2021 nos esportes
Gabigol flagrado em cassino clandestino
Em março, o atacante Gabigol, do Flamengo, foi flagrado em um cassino clandestino na Vila Olímpia, bairro nobre na zona sul de São Paulo, durante uma operação da Polícia Civil. O jogador estava escondido embaixo de uma mesa no momento em que os agentes entraram no local, onde mais de 200 pessoas “furavam” a quarentena.
O episódio aconteceu na véspera da reapresentação dos principais jogadores do Flamengo para a temporada 2021. No dia seguinte ao ocorrido, o atacante pediu desculpas e admitiu que "falta de sensibilidade" pela ida ao local em meio à pandemia, mas afirmou que estava apenas "jantando com os amigos" quando chegou a polícia. O atleta não foi indiciado e o clube carioca não se pronunciou sobre o caso.
Medina, Yasmin Brunet e o COB
Em junho, o surfista Gabriel Medina e a mulher, Yasmin Brunet, entraram em rota de colisão com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) às vésperas da Olimpíada de Tóquio após a entidade vetar a presença da companheira do atleta nos Jogos. A polêmica se estendeu até o início do torneio, e gerou um desgaste entre as partes.
O bicampeão mundial de surfe disse se sentir “injustiçado” pelo COB, uma vez que outros competidores do Time Brasil levaram familiares como parte da equipe. Por sua vez, a entidade afirmou que seguiu as diretrizes do Comitê Organizador, ressaltando que o credenciado para a Olimpíada exigia ligação com a modalidade, e que os competidores tiveram liberdade para escolher quem preferiam levar. De casa, Yasmin acompanhou Medina e viu o marido ficar em 4º lugar, protestando nas redes logo após a disputa pelo bronze.
Kelvin Hoefler x Letícia Bufoni
Logo após a conquista da medalha de prata de Kelvin Hoefler, Letícia Bufoni expôs um racha na equipe olímpica brasileira de skate. De acordo com a paulista, o medalhista não estava unido aos demais integrantes do grupo. Hoefler negou estar afastado dos companheiros, mas confirmou que não é mais próximo de Letícia.
Poucas semanas após o ocorrido, os skatistas voltaram a trocar farpas. Em entrevista ao podcast Podpah, Hoefler deu a entender que alguns skatistas brasileiros que não tiveram bom desempenho na capital japonesa não estavam empenhados em conquistar uma posição no pódio, citando diretamente Letícia. A brasileira rebateu a declaração nas redes sociais comparando o número de medalhistas com o total de participantes para defender os que não conseguiram ir ao pódio.
Saída conturbada de Daniel Alves do São Paulo
O casamento entre Daniel Alves e São Paulo, contratado como estrela em 2019, acabou de forma repentina em setembro com o tricolor paulista anunciando que o lateral-direito não jogava mais pelo clube. A bomba pegou a comissão técnica comandada por Crespo de surpresa, que perdia seu principal jogador para a sequência da temporada.
Daniel Alves estava com a seleção brasileira para a rodada tripla das Eliminatórias e não se reapresentou após o fim dos compromissos com o time de Tite. O atleta justificou a ausência pelos atrasos no pagamento de salários referentes ao ano de 2020, com pendências que chegavam a R$ 11 milhões. Indignados com a atitude, a diretoria decidiu rescindir o contrato do atleta e seguir com o pagamento das dívidas na esfera jurídica.
Mauricio Souza e o beijo gay do Super-Homem
O central da seleção brasileira de vôlei, Maurício Souza, teve seu contrato rescindido com o Minas Tênis Clube em outubro após uma série de declarações homofóbicas em suas redes sociais. A mais notável foi quando o jogador criticou uma nova versão de quadrinhos do Super-Homem, na qual o herói é bissexual e aparece beijando outro homem. "Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo", escreveu.
A publicação foi a gota d'água para o Minas afastar o atleta e, posteriormente, encerrar o contrato de Maurício depois da pressão de patrocinadores. Após o episódio, o atleta pediu desculpas, mas não disse estar arrependido e reclamou de "não poder mais dar a opinião".
Abandono na Itália
Xodó da torcida brasileira nas Olimpíadas, Douglas Souza foi outro jogador de vôlei que terminou o ano com seu nome envolvido em polêmica. O atleta da seleção brasileira foi acusado por sua equipe, o Tonno Callipo Volley, de abandonar o clube sem autorização ou justificativa. O time italiano se pronunciou nas redes sociais e classificou a atitude como "inexplicável".
Douglas Souza retornou ao Brasil na primeira semana de dezembro e não se pronunciou sobre o caso. O futuro do atleta ainda é desconhecido.
Jô ‘otário’ desaparecido por três dias
Após o fim da última rodada do Brasileirão, no dia 9 de dezembro, o atacante Jô, do Corinthians, desapareceu por três dias após supostamente ir a uma festa de Douglas Costa, do Grêmio, em Porto Alegre. O time paulista estava no Rio Grande do Sul para o jogo contra o Juventude, que garantiu a permanência na Série A ao vencer por 1 a 0.
Ao reaparecer, Jô foi às redes sociais pedir desculpas à família e anunciar o fim de seu casamento. "Sou um otário", escreveu. Como os jogadores estavam de férias, o Corinthians não se pronunciou sobre o episódio.