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Mamede-pai quer indenização da CBJ

O atual superintendente-geral, Joaquim Mamede, quer ser ressarcido pelos 21 anos de trabalho à frente da Confederação Brasileira de Judô.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após 21 anos à frente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Joaquim Mamede, atual superintendente-geral, quer uma indenização pelos anos trabalhados na entidade. Em troca, teria feito um acordo com o candidato à presidência da entidade Paulo Wanderley (Espírito Santo) para as eleições do dia 16. Segundo Wanderley, líder da chapa de oposição "Avança Judô" a aliança foi proposta pelo Mamede-pai a um aliado paulista. "Deixa ele achar que tem direito. Pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) só pode reivindicar os últimos cinco anos", disse Francisco Carvalho Filho, da Federação Paulista. Mesmo com os boatos de que Mamede ganharia salário vitalício e o Centro de Treinamento da CBJ, em Santa Cruz, Wanderley nega o acordo financeiro com seu desafeto. Desde que Mamede-filho dissolveu a chapa da situação, em fevereiro, a família apoiava Luiz Carlos Novi, diretor de judô da Confederação Brasileira dos Desportos Universitários (CBDU), e líder da "Conciliação Nacional." "A família percebeu que estava apoiando a chapa perdedora", afirmou Wanderley, que, curiosamente, junto com Mamede participou da chapa única que tinha Carvalho Filho como candidato à presidência e responsável pelo Conselho Fiscal e os Mamede pela diretoria e vice-presidência. "Foi o nosso boicote (há cinco meses as federações aliadas à CBJ deixaram de pagar mensalidade), que fez com que Mamede mudasse de lado", disse Wanderley. Ele revela que o acordo prevê somente os pagamentos e, em troca, Mamede interromperia as intervenções contra as federações de oposição. "Para garantir a vitória de Wanderley (hoje com 17 dos 26 votos), Mamede pressiona para mudarmos o voto", contou Edemar Dantas (Natal), que apóia Novi. Ele assegurou que a chapa não será retirada.

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