15 de julho de 2011 | 00h00
ENVIADOS ESPECIAIS / LOS CARDALES
Na busca de um time ideal, capaz de chegar à Copa do Mundo de 2014 como o principal favorito ao título, o técnico Mano Menezes nem sempre estabelece critérios claros nos testes que tem feito com a seleção brasileira.
Com a equipe classificada para as quartas de final da Copa América, há uma interrogação que tende a se manter sem definição até minutos antes do jogo com o Paraguai, domingo, em La Plata: quem vai ser titular para atuar próximo de Ganso? Robinho ou Jadson?
"As duas opções podem ser consideradas. Mas vou esperar para ver se o Paraguai vai vir modificado", disse o treinador.
A escalação surpreendente de Jadson no primeiro confronto do Brasil com o Paraguai, na fase de grupos, contrariou Robinho e foi justificada por Mano como a melhor alternativa para dar equilíbrio ao meio-campo.
Ele disse que só fez a mudança porque o adversário era o Paraguai. Jadson teria de dividir com Ganso a função de abastecer os atacantes. No intervalo, acabou substituído. Naquela vez, Robinho não serviu nem como terceiro reserva. Entraram, pela ordem, Elano, Lucas e Fred.
O atacante do Milan se irritou, recusou-se a dar entrevista e fez questão de passar pela frente de fotógrafos e cinegrafistas, no dia seguinte, com expressão fechada, disposto a revelar publicamente, embora sem nenhuma palavra, que não concordava com a decisão do treinador.
Na semana do jogo com o Paraguai, que terminou empatado por 2 a 2, Mano chegou a dizer que não promoveria nenhuma mudança no time.
Anteontem, o ex-santista voltou a ocupar seu posto no time e jogou os 90 minutos na vitória por 4 a 2 sobre o Equador.
"O mais importante é pensarmos na seleção como a afirmação de uma ideia. Precisamos avançar nisso. E o que mantem a proposta é sair de um jogo com a convicção de que estamos mais consistentes", comentou Mano, que hoje volta a treinar a equipe em Los Cardales.
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