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Maracanã depende de jogos dos grandes

E a moderna Arena da Baixada não consegue equilibrar as contas

Por Silvio Barsetti e Eduardo Kattah
Atualização:

O Maracanã, palco da final da Copa de 1950 e provável sede da de 2014, tem um custo mensal de quase R$ 1 milhão, o que o torna dependente de grandes jogos envolvendo Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Em 2008, por exemplo, houve lucro. Mas, para deixar o estádio em condições ideais de abrigar jogos do Mundial, cerca de R$ 430 milhões serão investidos. O espaço pertence ao governo do Rio e foi reformado há pouco para o Pan. Nessa etapa, as obras custaram aproximadamente R$ 150 milhões. O Engenhão, nome popular dado ao Estádio Olímpico João Havelange, é a arena mais moderna do País. Situado no subúrbio do Rio, foi arrendado pelo Botafogo por 20 anos a um custo baixíssimo - cerca de R$ 36 mil mensais, pagos à prefeitura. Com capacidade para 46.931 pessoas e uma pista de atletismo de última geração, o estádio é praticamente bancado por uma parceria com uma empresa privada, responsável pela administração direta da instalação - injeta cerca de R$ 400 mil todo mês para a manutenção. ARENA NO VERMELHO Inaugurada há dez anos, a Arena da Baixada é um dos mais modernos estádios multiuso do País, mas ainda não consegue equilibrar as contas. Mensalmente, há um déficit de cerca de R$ 120 mil, que precisa ser coberto por outras receitas, entre elas os valores pagos por sócios do Atlético-PR, que compraram todas as cadeiras, inclusive as cerca de 3 mil que serão inauguradas no novo anel. O aluguel do centro comercial, dos bares e do restaurante (aberto de terça a domingo), além do estacionamento e dos ingressos cobrados para visitas (cerca de 2 mil mensais), rendem R$ 80 mil por mês. Há ainda academia de ginástica para sócios. As despesas, contudo, chegam a R$ 200 mil. A Arena ainda busca uma empresa que pague pelo direito de ter o nome ligado ao local, como foi com a Kyocera de 2005 a 2008.

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