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Maracanã (não) vê Equador campeão

Torcedores preferiram entoar hinos de clubes a se preocupar com o jogo

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Por Vinícius Saponara
Atualização:

A seleção masculina do Equador entrou para a história ao derrotar de virada a Jamaica por 2 a 1, ontem, no Maracanã, e conquistar o ouro no torneio de futebol do Pan-Americano. Mas quase ninguém viu ou quis prestar atenção na façanha do time sul-americano. O interesse maior da grande maioria dos pouco mais de cinco mil torcedores que foram à decisão era qualquer coisa que não fosse as jogadas dentro de campo. Depois de comemorar o gol do meia jamaicano Eric Vernon, logo aos cinco minutos de jogo, numa bela jogada pelo meio, os torcedores esqueceram da partida e preferiram entoar gritos de guerra para seus clubes de coração. Uma hora para o Flamengo, outra para o Vasco e o resto do estádio vaiava. No início do segundo tempo, com o jogo se arrastando dentro de campo, bastou duas bolas serem chutadas em direção às numeradas para a festa dos torcedores começar. Sem a mínima preocupação em devolvê-las ao campo, elas eram chutadas de um lado para o outro até que alguém errasse um chute e elas voltassem ao gramado. Num desses erros, uma das bolas quase caiu dentro da pira pan-americana para tristeza dos torcedores. Só após meia hora de partida na segunda etapa é que o público voltou as atenções ao campo. O Equador, aos 33 minutos, em bola rebatida dentro da área, conseguiu o empate com Jefferson Montero. Cinco minutos depois, o gol da virada saiu com o atacante Edmundo Zura, em cobrança de pênalti muito contestada pelos jamaicanos. Isso deu motivos para os torcedores se ocuparem novamente, desta vez provocando o árbitro brasileiro Paulo César Oliveira.

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