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Maratona de Nova York voltará em novembro com 33 mil participantes

Número foi reduzido em relação aos habituais 55 mil. Mas o retorno vai satisfazer os atletas desesperados para correr novamente

Por Matthew Futterman e Talya Minsberg
Atualização:

A maratona de Nova York, um dos maiores eventos da cidade que se realiza anualmente, retornará em novembro com um número reduzido, mas ainda grande, de maratonistas. A maratona será realizada na data costumeira, ou seja, no primeiro domingo de novembro, com seu ponto de largada na Verrazzano-Narrows Bridge em Staten Island. A corrida de pouco mais de 42 quilômetros passando por cinco bairros, meses depois do retorno de equipes e fãs aos estádios de beisebol e arenas cobertas, deverá ser um marco da recuperação de Nova York da pandemia do coronavírus.

O anúncio foi feito no momento em que Nova York continua a ser liberada das restrições impostas por causa da pandemia e que levaram ao cancelamento da corrida no ano passado. Com o aumento da vacinação e a redução de casos de coronavírus, a cidade e o Estado continuam a suspender ou a flexibilizar as regras impostas para tudo, desde jantar em restaurantes, ir a estádios e academias de ginástica.

Largada da Maratona de Nova York em 2019 Foto: Joshua Bright/ The New York Times

Durante meses, autoridades e especialistas da área da saúde da cidade discutiram com os líderes da New York Road Runners, organização que opera a maratona, sobre a escala da corrida este ano. As autoridades concordaram em reduzir a área este ano para evitar a superpopulação, embora qualquer plano para controlar a multidão ao longo da corrida - e restrições que possam ser impostas - ainda não sejam claras.

É a estrela guia. É a que diz que estamos de volta

Ted Metellus, diretor da Maratona de Nova York

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A área menor ajudará a diminuir o número de pessoas nos ferrys e ônibus que transportam os corredores para o local da partida da maratona em Fort Wadsworth, Long Island, e a criar mais espaço para o distanciamento social entre os participantes quando chegarem. As autoridades planejam iniciar a corrida com uma largada escalonada, enviando alguns corredores de cada vez para a pista, em espaços de alguns segundos. O processo, que levará algumas horas, é similar ao que a Road Runners tem usado em corridas menores há vários meses.

A mudança, porém, também tornará a maratona mais longa e vai exigir que a cidade feche ruas por mais horas do que de costume. Para competir, os maratonistas terão de apresentar teste negativo para o coronavírus dias antes da corrida e exibir prova de vacinação completa, embora os organizadores ainda necessitem decidir quando os testes serão realizados, quem pagará por eles e as consequências no caso de uma pessoa testar positivo. Os maratonistas não precisarão usar máscaras durante a corrida.

Essas exigências podem mudar, disse Metellus, à medida que os organizadores monitoram as mudanças de orientação expedidas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e também as ordens emitidas por governos estaduais e locais. “Essas mudanças vão ditar o volume de alterações que veremos no evento”, explicou.

No momento a organização vem reavaliando tudo o que pode causar aglomerações, incluindo uma reformulação dos postos de apoio que são instalados a cada quilômetro da corrida e dos pontos para deixar e pegar bolsas e mochilas. Uma base de primeiros socorros permanecerá a cada marcador de quilometragem, mas as estações de hidratação ficarão mais espaçadas, com os voluntários seguindo as diversas diretrizes de segurança. E embora os atletas possam deixar ali a mochila com seus pertences, não poderão trazê-las no ponto de partida.

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Uma área com mais de 30.000 corredores oferecerá muito espaço para todos os que haviam se registrado para a corrida em 2020 antes de ela ser cancelada e adiaram para 2021 (cerca de 54% dos 30.000 registrados em 2020 optaram por correr em 2021).

Geoffrey Kamworor foi o vencedor da Maratona de Nova York em 2019 Foto: Brendan McDermid/ Reuters

A organização ainda estuda como preencher todos os espaços na corrida, mas decidiu não fazer um novo traçado. Outra possibilidade de participar da maratona inclui atletas que concluíram um número especificado de eventos da New York Road Runners e os que completaram 15 ou mais maratonas de Nova York. O registro daqueles que se qualificaram para participar ocorrerá na segunda semana de junho. Os organizadores planejam também ter um contingente importante de atletas que prometerem arrecadar US$ 3.000 para uma organização beneficente quando participarem.

Muitas entidades beneficentes dependem da maratona para arrecadar centenas de milhares de dólares a cada ano. Mas a New York Road Runners também depende dessas entidades para obter uma boa parte da sua receita, uma vez que elas pagam três vezes mais do que um corredor individual para garantir um lugar na corrida. Em 2020 o valor do registro para a corrida foi de US$ 295. Os organizadores esperam que o interesse em qualquer local aberto seja alto. A Maratona de Boston, marcada para 11 de outubro, está com nove mil atletas inscritos, todos eles atendendo ao critério de qualificação dos seus grupos de idade.

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As maratonas de Boston, Londres, Los Angeles e Tóquio, que normalmente são realizadas em fevereiro, março e abril, acontecerão no outono deste ano, se juntando às de Berlim, Chicago, Nova York e Washington. A Maratona de Berlim será em 26 de setembro, a de Londres em 3 de outubro e a de Tóquio em 17 de outubro, todas elas antes do evento de Nova York, em novembro.

Os organizadores não sabem como os nova-iorquinos reagirão ao retorno da sua amada maratona pelos cinco bairros. Embora haja modificações significativas, incluindo a limitação de locais de grandes aglomerações, “ainda é a Cidade de Nova York”, disse Metellus. “A cidade ainda vai entusiasmar”. / Tradução de Terezinha Martino

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