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Maratona: Quênia confirma supremacia

Por Agencia Estado
Atualização:

O nome normalmente varia e muitas vezes o lugar mais alto do pódio é ocupado por um atleta absolutamente desconhecido do público. Mas o país do corredor campeão todo mundo sempre sabe: Quênia. Os fundistas quenianos confirmaram, neste domingo, a tradição do país nas provas de longa distância na VII Maratona de São Paulo. Os três primeiros lugares do pódio, após o percurso de 42 quilômetrros e 195 metros, foram dos quenianos: Stephen Rugut ganhou e estabeleceu novo recorde da prova com 2h14min30s, seguido por Erick Kimayo (2h14min31s) e William Musyoki (2h15min05s). A prova distribuiu R$ 170 mil em prêmios, sendo R$ 27 mil para os campeões nas categorias masculino e feminino. O melhor brasileiro na corrida foi o quarto colocado, o ex-jogador de futebol paranaense Rômulo Wagner da Silva (2h15min11s), da equipe do Cruzeiro, de Minas Gerais, premiado com um carro zero quilômetro. O baiano Manoel de Jesus Teixeira foi o quinto a subir no pódio (2h17min51s). Entre as mulheres, com compensação, as cinco primeiras foram brasileiras, com vitória de Marizete de Paula Rezende, que nos últimos quilômetros correu acompanhada do marido Diamantino Silveira, que não concluiu a prova masculina. Stephen Rugut, de 25 anos, 55 quilos e "1 metro e 50 e poucos", como definiu sem saber exatamente a sua estatura, é um agricultor em Eldoret, cidade a 300 quilômetros de Nairobi. A Maratona de São Paulo foi a quarta de uma carreira iniciada em 1994, e a segunda vitória - a outra foi em Capri, na Itália, em 1998. Disse que trabalha no campo, no Quênia, e que decidiu experimentar a carreira de corredor, influenciado pelo pai e irmão. Achou "dificílimo" o percurso da maratona, com alteração de declividade o tempo todo - "eram muitas as subidas e descidas." Rômulo, de 24 anos, correu a sua primeira maratona neste domingo. Um especialista de 5 mil e 10 mil metros, disse que não estava preparado para chegar entre os primeiros. Na verdade, pretendia desistir da corrida após o 21º quilômetro. "Senti que estava bem e poderia ir até o fim. Cheguei a pensar em ganhar, mas sei agora que faltou treino específico para a prova." Ex-jogador de futsal e futebol, Rômulo optou pelo atletismo em 1992. Faz parte da equipe de 11 corredores mantida pelo Cruzeiro e, apesar da vitória, não pretende especializar-se em maratonas. Vai continuar correndo provas mais curtas - a próxima é a Meia Maratona do Rio, em agosto.

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