O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, disse ontem que pretende manter o técnico Mano Menezes à frente da seleção brasileira. O dirigente, porém, evitou se comprometer com a manutenção do treinador no posto até a Copa do Mundo de 2014. "Não há nenhuma razão para cogitar uma mudança no momento. Estamos no caminho certo", declarou Marin durante entrevista coletiva em que anunciou a Mastercard como patrocinadora da seleção. Depois de o Brasil deixar escapar a medalha de ouro na Olimpíada de Londres, Mano Menezes ficou em situação desconfortável. Apesar da derrota para o México, Marin disse que tanto o treinador quanto sua comissão técnica e o diretor de seleções, Andrés Sanchez, continuam "desfrutando de total confiança".Ele argumentou que podem existir partidas em que, mesmo com derrota, a seleção tenha uma atuação convincente, citando como exemplo o amistoso com a Argentina, nos Estados Unidos, em junho. Ao definir uma campanha bem-sucedida na Copa de 2014 como o grande o grande objetivo da CBF, Marin disse que a seleção já tem uma base para encarar a competição e que a escalação de outros jogadores no futuro deverão reforçá-la. "Queira Deus que até a Copa do Mundo surja outro grande craque como estes que já integram a seleção", disse.Durante o evento, o presidente da CBF voltou a tecer críticas aos erros da arbitragem e disse que pretende tomar medidas adicionais ao afastamento de Emerson Augusto de Carvalho, auxiliar que deixou de marcar três impedimentos no lance que originou o segundo gol do Santos, que acabou derrotando o Corinthians por 3 a 2 , na Vila Belmiro. "Não estou satisfeito só com essa medida. Temos de dar exemplo. Não toleramos que a arbitragem não corresponda aos anseios dos dirigentes e dos torcedores (...) Peço a vocês que aguardem, pois talvez eu tome outras providências no setor de arbitragem", afirmou.Ao anunciar o novo patrocinador da seleção, Marin não revelou o valor do contrato, válido até 2020. De acordo com executivos da Mastercard, a empresa terá exclusividade em meios de pagamento em eventos ligados à seleção e fará a pré-venda de ingressos para partidas. Perguntado sobre uma condenação judicial à empresa no ano passado por usar indevidamente a marca da CBF em uma campanha publicitária, Marin classificou o caso como "coisa do passado", pontuando que o fato ocorreu antes do início de sua gestão. "Os dois departamentos jurídicos devem ter se entendido. Qualquer divergência deve estar superada", afirmou.