Marion Jones diz que não tem nada a temer

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Por Agencia Estado
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A velocista norte-americana Marion Jones, que espera conquistar cinco medalhas em Atenas, disse não ter "nada a esconder" no caso do Laboratório Balco, dos Estados Unidos, fabricante do esteróide anabolizante tetrahidrogestrinona (THG). O Balco é acusado de distribuir a substância, considerada doping, a atletas de elite. A tricampeã olímpica, uma das convocadas a depor na investigação aberta em São Francisco sobre o uso do THG, falou do assunto nesta quarta-feira, na Inglaterra, onde se prepara para disputar, sexta-feira, os 60 metros e o salto em distância no meeting indoor de Birmingham. Esta é a primeira vez que Marion aparece na Europa desde o depoimento no caso Balco, em novembro. "Não estava nervosa. Sabia que não havia feito nada de mal." Disse que foi sincera ao depor sobre o caso Balco. "Fizeram perguntas claras e fui clara nas minhas respostas." Mas Marion, que volta às pistas depois do nascimento do filho, teve de explicar também sua relação profissional com o treinador canadense Charlie Francis, com quem começou a trabalhar em janeiro de 2003. O técnico foi banido do atletismo pela Federação Canadense quando seu protegido, Ben Johnson, teve resultado positivo para esteróide anabolizante ao ganhar a medalha de ouro com recorde mundial na Olimpíada de Seul, em 1988. Marion, de 28 anos, observou que muitos atletas procuraram o técnico. "Se nossos rivais faziam isso, por que nós não podíamos fazer? Só falaram de nós", disse, referindo-se também ao marido, Tim Montgomery, que começou a trabalhar com Francis em novembro de 2002. Os dois encerraram a relação com o técnico em fevereiro de 2003, por causa do escândalo causado pela escolha. Nos Jogos de Sydney, em 2000, Marion ganhou o ouro nos 100, 200 e 4 x 400 m, e o bronze no salto em distância e no 4x100 m. Em Atenas, quer repetir o número de medalhas, mas espera que todas sejam de ouro. E aproveitou para reiterar a oposição às drogas. "Sei que eu estou 100% limpa."

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