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Marizete tem prazo para apresentar defesa

Por Agencia Estado
Atualização:

A fundista Marizete Rezende, ganhadora da São Silvestre em 2002, e que teve seu caso de doping confirmado pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), terá mais 26 dias (o prazo regulamentar, de 28 dias, começou segunda-feira) para apresentar defesa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Atletismo. Na segunda-feira, a CBAt recebeu da Iaaf a informação de que também a mostra B da urina da atleta, coletada após a Meia Maratona do Rio, dia 31 de agosto de 2003, teve resultado positivo para Eritropoietina (EPO), substância considerada doping de resistência. Marizete foi informada pela Iaaf que estava provisioriamente suspensa no dia 13 de novembro, mas alegou contusão para justificar a ausência na São Silvestre. A amostra A do exame de urina de Marizete já havia apresentado a presença de EPO, em análise feita pelo laboratório de Paris (FRA). O primeiro resultado foi comunicado à corredora no dia 30 de setembro. Marizete esperava que a Iaaf aceitasse suas justificativas para a presença da substância, feitas após o resultado da amostra A. Nas explicações, encaminhadas dia 10 de outubro, a fundista afirma que não declarou que se submetia a tratamento com o uso de EPO porque a médica oficial do controle antidoping perguntou os medicamentos que havia usado nos últimos cinco dias. Disse ainda que o remédio tinha prescrição médica e era utilizado para a correção de um problema físico e não para a melhoria de desempenho. Marizete apresentou inclusive o atestado de um médico, de Goiânia, admitindo que a atleta estava em tratamento há cerca de dois anos e, desde o dia 30 de julho de 2003, usava EPO em doses baixas para a correção de uma anemia profunda. Marizete ainda questionou o fato de sua urina ter sido encaminhada para exame específico para a detecção da EPO, apesar dos baixos valores de referência do exame de sangue (hemoglobina e hematócitos) não justificarem a suspeita. A Iaaf respondeu dizendo que "se um tratamento com EPO era necessário para a condição médica da atleta, uma solicitação anterior de autorização deveria ter sido feita". O comunicado, assinado pelo oficial antidoping Gabriel Dollé, também afirmou que o uso do Eprex não foi listado no formulário de controle antidoping.

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