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May ganha o ?1? da pequena Carolina

Por Agencia Estado
Atualização:

Quando sai de casa para disputar alguma prova de ciclismo, o catarinense Márcio May, de 30 anos, recebe um conselho da filha, Carolina, de 4 anos: "Papai, é para ganhar no 1". Nesta sexta, na prova contra relógio de estrada, disputada na BR-277, em Curitiba, Carolina enrolou-se numa bandeira brasileira e subiu junto com o pai no número 1 do pódio. Mais do que a medalha, May levantou a filha como um troféu. "Sempre que as provas são perto eu a levo", disse. Como o pai, a menina é de poucas palavras. Confirma que tem uma bicicleta, mas faz cara de muita dúvida, quando perguntada se pretende competir. Diferente da maioria dos ciclistas que estão disputando os 7º Jogos Sul-Americanos em Curitiba, May já pode ser considerado veterano. Ele pratica o esporte há 15 anos e não tem outra ocupação. Natural de Salete (SC), mora e treina em Brusque (SC), apesar de participar da equipe Memorial, de Santos (SP). Até os 15 anos, pedalar era uma brincadeira. Convidado para integrar uma pequena equipe que começava a se formar em Salete, nunca mais largou a bicicleta. Em 1996, May foi ouro em velocidade nos Jogos Pan-Americanos; em 98, foi vice-campeão do contra relógio de estrada no Sul-Americano; e, em 99, ficou na terceira colocação na mesma prova no Pan-Americano. "Agora, estava preparado para brigar pelo ouro", afirmou. Apesar do forte vento, que tornou-se um obstáculo sobretudo no final dos 40 quilômetros. "Quase caí", disse. Ele fez o percurso em 52min54s027. Na última terça-feira, May tinha se acidentado em uma prova em Campos (RJ), quando sofreu escoriações na coxa direita. "Nos treinos ainda senti dores, mas na prova estava perfeito." O ciclista treina até quarta-feira em Brusque, quando viaja para Quito, no Equador, onde disputa o Pan-Americano a partir do dia 18. A filha fica, mas o conselho para ganhar o 1 segue na mochila.

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