Publicidade

Medalhista olímpica acusa Nike de discriminar mulheres por gravidez

Allyson Felix, única atleta feminina a ter seis medalhas de ouro olímpicas no atletismo, escreveu artigo criticando a política de maternidade da marca

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A medalhista olímpica Allyson Felix, 33, fez coro nesta quarta-feira, 22, à onda de críticas contra a Nike, acusando a marca de penalizar atletas que tiram licença maternidade. Única mulher a conquistar seis medalhas de ouro olímpicas no atletismo, a velocista escreveu um artigo publicado no jornal The New York Times, no qual afirma que a empresa lhe ofereceu um contrato com valores menores após ela decidir ser mãe em 2018.

Alysson Felix uniu-se ao coro de atletas que criticam política de maternidade da Nike Foto: Olivier Morin / AFP

PUBLICIDADE

Allyson se uniu às compatriotas Alysia Montano e Kara Goucher, que também acusam a empresa de agir da mesma maneira com elas. "Nós atletas sabemos que essas histórias que estão sendo contadas são verdade, mas temos muito medo de dizer publicamente: se tivermos filhos, corremos o risco de nos cortarem (dinheiro) de nossos patrocinadores durante nossa gravidez e depois", escreveu Felix.

Alysson deu à luz uma menina em dezembro passado. Durante o processo, ela afirma que sofreu crises de ansiedade para renovar o contrato com a Nike, expirado no fim de 2017. Ela explica que a marca esportiva ofereceu um novo acordo, dessa vez 70% inferior ao que já havia sido proposto. "Se eles pensam que isso é o que valho agora, aceito", disse.

É um exemplo de uma indústria esportiva onde as regras são feitas na grande maioria por homens

Alysson Felix, medalhista olímpica de atletismo

Apesar disso, Felix afirma também que a patrocinadora recuou quando a atleta pediu garantias de que não seria penalizada, caso rendesse abaixo de seu nível "nos meses próximos ao parto". "Queria marcar um novo parâmetro. Se eu, uma das atletas mais comercializadas da Nike não podia conseguir essas proteções, quem poderia? A Nike recusou. Estamos sem avançar desde então", acrescentou.

Nasemana passada, a Nike respondeu às críticas garantindo que implementaria uma nova política para padronizar a forma de tratamento às atletas durante a gravidez, reconhecendo que a companhia "pode ir além". / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.