PUBLICIDADE

Publicidade

Medalhista pode ficar fora do Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

O mau desempenho na prova final dos 100m rasos do Troféu Brasil de Atletismo, nesta quinta-feira, no Complexo Maracanã, pode afastar o mais experiente velocista da equipe brasileira, medalhista de prata em Sydney, no revezamento 4x100m rasos, Edson Luciano Ribeiro (Ulbra/Prudente) da disputa do Mundial de Edmonton, no Canadá, previsto para ser realizado entre os dias 3 e 12 de agosto . Com a penúltima colocação obtida na prova, com o tempo de 10s56, ele ficou fora do grupo de seis competidores classificados. Até domingo, último dia do Troféu, Luciano disputará uma seletiva com Augusto César de Oliveira Santos (Vasco), o sexto colocado - 10s52. O regulamento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) determina que os cinco primeiros competidores na prova dos 100m rasos do Troféu Brasil asseguram uma vaga na equipe brasileira. O último velocista deveria ser escolhido pelo técnico da seleção, Jayme Netto, com base em critérios técnicos. "Se tivesse que fazer uma escolha levando-se em conta a história e experiência, sem dúvida, seria o Edson Luciano, mas não quero ser injusto. Vou propor uma seletiva e, quem vencer, vai para o Mundial", disse Netto. A maior preocupação do treinador é quanto a uma possível "cobrança e comentários" pelo fato de Edson Luciano ser seu atleta. O presidente da CBAt, Roberto Gesta de Melo, elogiou a atitude do treinador da seleção e lembrou que esta foi "uma decisão sensata e demonstra toda isenção de Netto". O dirigente frisou que o técnico "não se sentiria à vontade, se não fosse desta maneira". Feliz com seu feito, Augusto Santos não se mostrou preocupado com o impasse. Segundo ele, sua vaga foi garantida "na pista" e, por isso, não há motivos para ficar preocupado. Nem mesmo a disputa da seletiva o assusta. "A minha fé em Deus vai prevalecer. Acredito que chegou minha hora", frisou o velocista, que está com seis meses de salários atrasados no Vasco e tem sido sustentado pela remuneração de sua esposa. Para vir competir no Troféu Brasil, o atleta, que mora em Aracaju, em Sergipe, precisou pagar "do próprio bolso" sua passagem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.