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Michel Macedo representará o Brasil no esqui alpino em Pequim após testar negativo para covid

Atleta disputa a prova de slalom nesta quarta-feira nos Jogos de Inverno e visitou pista em Yanqing para conhecer local da competição

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Por Redação
Atualização:

Foi por pouco, na véspera, mas, finalmente, Michel Macedo conseguiu o teste negativo para covid-19 que irá lhe permitir competir em Pequim-2022. O atleta nascido em Fortaleza foi liberado pelo Comitê Organizador nesta terça-feira e visitou a pista em Yanqing. O atleta disputa a prova de slalom, nesta quarta, com a primeira descida.

"Estou me sentindo muito bem fisicamente, não tive nenhum sintoma. Me sinto bem preparado para competir amanhã. Claro que seria bom ter tido um pouco de treino aqui, conhecer a neve, mas, graças a Deus, pelo menos estou competindo. Então, vou mandar ver amanhã e ver o que acontece", comemorou Michel que, apesar da liberação para competir, segue tendo uma série de restrições a cumprir: testes duas vezes ao dia, quarto single, transporte exclusivo e fazer as refeições sozinho.

Michel Macedo é um dos destaques do Brasil no esqui alpino Foto: Dominic Ebenbichier/Reuters

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Essa não foi a primeira vez que Michel sofreu um revés em Jogos Olímpicos e conseguiu se recuperar a tempo de carimbar sua participação. Em Pyeongchang-2018, sofreu uma lesão em um treinamento na véspera da competição, já na Coreia do Sul, perdeu a prova do slalom super gigante, mas largou em a de slalom e slalom gigante, se tornando oficialmente atleta olímpico.

"Quando fui para o isolamento, pensei: dois Jogos Olímpicos, duas vezes andando de ambulância. Realmente, não foi um bom momento. Mas assim como em Pyeongchang, estou feliz que passou e que vou poder competir, muito contente de ter essa oportunidade. As chances eram pequenas até um dia atrás, mas agora estou focado apenas em esquiar como eu sei e dar o meu melhor", contou.

Vivendo há duas décadas nos Estados Unidos, Michel fará a terceira participação olímpica dele, se contar os Jogos da Juventude de Lillehammer-2016. Nascido em Fortaleza, se divide entre o esporte e a faculdade de Economia. Apaixonado por futebol, tem como ídolos Ronaldo Fenômeno, mas também César Cielo, motivo da primeira lembrança olímpica que possui, o ouro nos 50 metros livre justamente em Pequim. No isolamento, Michel tentou se manter ativo mentalmente e fisicamente.

"Eu tentava conversar com a maior quantidade de pessoas possível para manter a positividade, a esperança de poder competir. Em relação ao físico, eles colocaram uma bicicleta no quarto para eu pedalar e, além disso, fazia alongamentos e coisas do tipo. Tentei ficar ativo durante todo o tempo", disse.

A competição será realizada no Centro Nacional de Esqui Alpino, situado na área montanhosa de Xiaohaituo, no noroeste de Yanqing, e é composto por sete pistas, sendo que a maior possui desnível vertical de 900 metros. A melhor participação do Brasil no esqui alpino, em termos de posição, é de Nikolai Hentsch, em Turim-2006, que ficou na 30.ª colocação na prova de slalom gigante.

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Na competição de slalom, mesma que Michel irá disputar em Pequim, a melhor posição final é de Hans Egger, com a 48.ª colocação na edição de Albertville-1992. Em termos de pontos, o principal resultado do Brasil nesta prova é de Maya Harrisson com 109,52 pontos. "Eu acho que o meu maior objetivo na competição é esquiar o melhor possível, até porque essa é a única oportunidade que eu tenho agora, e tentar deixar o Brasil orgulhoso", completou.

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