
07 de abril de 2011 | 00h00
MILÃO - Seedorf pode considerar-se um sujeito de sorte. Com 35 anos completados dia 1.º, não é mentira que tem mercado favorável e em alta, numa fase em que normalmente deveria preparar-se para a aposentadoria. A vida seguia em marcha lenta até o clássico de sábado com a Inter e antes de ser revelado o interesse de Ronaldo de levá-lo para o Corinthians. A excelente atuação nos 3 a 0 contra a rival e o poder de sedução do ex-colega famoso fizeram com que o holandês nascido no Suriname se tornasse alvo de atenções. E saísse valorizado.
Não foi por acaso que nesta quarta-feira a direção do Milan deixou escapar a indiscrição de que pretende propor prorrogação de mais um ano de contrato para Seedorf. A cotação dele aumentou com a perspectiva de Gattuso ir para o futebol russo e com a lenta recuperação de Pirlo.
Seedorf lida com habilidade diante dessas alternativas. A intenção é não queimar-se com ninguém. Por isso, driblou o quanto pôde o assédio da imprensa que foi ao treino em Milanello. Sorrisos daqui e dali, acenos e arrivedérci. Saiu mudo. Ou quase. Em entrevista à RedeTV!, admitiu ter mantido contato com Ronaldo, velho amigo que agora se lança na carreira de empresário. "Estou conversando (com Ronaldo), mas são contatos iniciais", disse. "Minha atenção no momento é o Campeonato Italiano e sei que há outras propostas", adiantou. "Amo o Brasil e espero um dia jogar lá."
O amor ao Brasil faz sentido. Seedorf é casado com uma carioca, várias vezes foi ao Rio e à Bahia e fala português fluentemente. Tem simpatia pelo Flamengo, conforme revelou meses atrás, mas na época, descartava qualquer chance de sair da Itália e dizia que o Brasil era bom para curtir sol, praia e caipirinha.
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