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Ministro do Esporte ameniza cortes

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de ver seu orçamento de 2003 cair de R$ 369,6 milhões para R$ 43,1 milhões - um corte de 88,3% -, o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, reagiu e já assegurou para a pasta um aumento de recursos que poderá totalizar R$150 milhões. Em reunião no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), ele garantiu a execução de projetos sociais, voltados principalmente à criança e juventude, o que amenizará o corte de provimentos. Outra novidade é o estabelecimento de parcerias com as principais empresas estatais do País. De acordo com o ministro, vários programas sociais, em sintonia com as metas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixariam de ser realizados caso o corte orçamentário projetado fosse mantido. Esses argumentos sensibilizaram a equipe do MPOG a optar por amenizar os limites de despesa da pasta. "Ficaremos com um mínimo de R$ 100 milhões e um máximo de R$ 150 milhões. A cifra real ainda não dá para calcular, mas deve ficar entre esses valores", disse o ministro. "Tivemos conversas na área do Planejamento e mostramos o que significa essa contingência. Alguns aspectos fundamentais, como nossas crianças, foram levados em consideração e vistos como prioridades políticas." Outra ação já iniciada pelo Ministério do Esporte foram as conversas com os presidentes da Petrobrás, Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Banco do Brasil e Correios. A intenção de Agnelo Queiroz é a de estabelecer parcerias em projetos que visam ao desenvolvimento e a promoção social. "Já tive contato com a Petrobras. O mais importante foi que as pessoas que assumiram as empresas governamentais têm uma visão social", afirmou Agnelo Queiroz. "No momento, essas empresas estão sendo reestruturadas para acolher projetos sociais, seguindo uma orientação do nosso presidente. Preciso aguardar porque os recursos serão liberados progressivamente." O corte no Ministério do Esporte foi provocado pela determinação da equipe econômica do governo, que impôs uma redução de 80,6% nos novos investimentos previstos no Orçamento da União de 2003, anunciada em fevereiro. O objetivo da medida foi o de conseguir uma economia de R$ 14 bilhões para atingir a meta de superávit nas contas públicas de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Congresso - O ministro do Esporte se mostrou satisfeito com os "avanços" que vem conseguindo na pasta. Lembrou que sua prioridade nos primeiros seis meses de governo é a de conseguir votar os projetos pendentes no Congresso Nacional. De acordo com ele, após a aprovação do Estatuto do Torcedor, o próximo passo é a medida provisória nº 79, de moralização do futebol. "Espero que a medida provisória seja votada no dia 11, como está previsto", disse.

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