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Mizael Conrado e Andrew Parsons destacam campanha histórica do Brasil em Dubai

A um dia do término do Mundial de Atletismo, País ocupa inédito segundo lugar no ranking de medalhas com 37 pódios

Por João Prata e enviado a Dubai
Atualização:

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, e o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), Andrew Parsons, concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira, véspera do fim do Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai. Eles destacaram pontos semelhantes como a provável melhor campanha do Brasil na história da competição, a presença de jovens com bons resultados e vislumbram Tóquio-2020 como os Jogos Paralímpicos de maior impacto da história.

Pela primeira vez em um mundial o Brasil deve terminar na segunda colocação no quadro de medalhas. O País tem 37 medalhas, com 14 ouros, 9 pratas e 14 bronzes. A China lidera com 52 e Rússia assumiu nesta quinta-feira a terceira colocação com 36 pódios (10 ouros, 13 pratas e 13 bronzes). 

Mizael Conrado ao lado das brasileiras medalhistas em Dubai. Foto: Alê Cabral/ CPB

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A melhor marca até então do Brasil havia sido em Lyon-2013, quando terminou em terceiro lugar no ranking de medalhas. Na ocasião, o País terminou com 40 pódios no total (16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes). Mizael espera bater a edição francesa da competição em números absolutos também, mas minimizou qualquer problema caso isso não aconteça.

"Lyon foi o primeiro campeonato do ciclo de dois em dois anos. Aconteceu logo após os Jogos de Londres-2012. Comparar com o Mundial de agora é completamente diferente. Fiz um levantamento. As marcas dos brasileiros de Lyon renderiam só cinco medalhas em Dubai. Por enquanto aqui está menor, mas os resultados são melhores. Por isso dá para dizer que essa já é a maior participação em toda história", afirmou.

Em 2013, o Comitê Paralímpico Brasileiro tinha como presidente Andrews Parsons - há dois anos e meio, passou o bastão para Mizael. "Hoje, na minha função, tenho que ser neutro, mas o sentimento é positivo de ver o Brasil fazer essa campanha e revelar atletas. Houve legado um muito muito positivo no esporte paralímpico depois dos Jogos do Rio. O CT Paralímpico em São Paulo é o maior exemplo. Não vejo em outro país projeto tão eficiente. Há investimentos maiores como o da China e da Ucrânia, mas maximizando a estrutura que existe o Brasil é exemplo. Tendo saído do CPB, é bom ver que o trabalho não só continua em alto nível, mas em algumas áreas está melhor do que era no passado", afirmou.

Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional Foto: Jodi Hanagan/

TÓQUIO-2020

Os dois dirigentes já estão na expectativa para os Jogos de Tóquio. Mizael ficou surpreso com a eficiência japonesa. Ele citou como exemplo a cidade de Hamamatsu, onde a delegação brasileira fará a aclimatação. Há dois anos, quando a comissão técnica visitou o local, os hotéis não tinham estrutura para receber cadeirantes. A prefeitura e a iniciativa privada se comprometeram em ajustar tudo. 

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"A dez meses do início eles já fizeram isso e a cidade está preparada para nos receber", comentou. Os brasileiros viajam em agosto para o Japão e ficarão 15 dias nessa cidade antes de ir para a Vila Olímpica em Tóquio. 

Andrews fala com empolgação sobre alguns números dos Jogos Paralímpicos de 2020. "Vamos chegar a mais países com transmissão, por exemplo. Vamos mostrar mais esportes. De 12 esportes ao vivo no Rio vai para 19 agora. A gente está bastante preparado para maximizar esse impacto", disse. "Temos 2,3 milhões de ingressos para serem vendidos. Vai se vender menos ingressos do que em Londres-2012. Mas a gente tem expectativa de vender 100%. A questão dos preços foram ajustadas para as famílias. Todas as estratégias foram pensadas disso", afirmou.

As vendas de ingressos para Tóquio-2020 começou no início de setembro. Os preços variam bastante. Um dia de competições preliminares do atletismo pode custar R$ 100 e um lugar vip na final do atletismo pode chegar a R$ 3,5 mil. Cerca de 4400 paratletas de mais de 160 países em 22 modalidades, sendo a estreia do parabadminton e do parataekwondo nos Jogos Paralímpicos.A Cerimônia de Abertura será em 25 de agosto de 2020, no recém-construído Estádio Olímpico. Serão 12 dias de Jogos, com 540 premiações com medalhas.

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