Publicidade

Morcegão é o campeão da 9 de Julho

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma corrida de 86 quilômetros, definida na última volta, nos últimos metros, no sprint - a arrancada final. Nesta terça-feira, em um dia de muito vento no autódromo de Interlagos, em São Paulo, o ?Tema da Vitória?, que se eternizou com as conquistas de Ayrton Senna na Fórmula 1, teve um significado especial para o ciclista brasiliense Rodrigo de Mello Brito, o Morcegão, da Equipe Memorial Santos, vencedor da 59ª Prova Internacional 9 de Julho, a mais tradicional do gênero no Brasil. Morcegão cruzou a linha de chegada à frente de um compacto pelotão, após 2h06min12 de prova. E logo falou no sonho, "o maior da vida", de competir na Europa e disputar uma Olimpíada. Ainda este ano, ele fará um estágio de três meses na Itália. "Essa musiquinha deixa a gente arrepiado. Foi bom correr num lugar em que já competiram Senna, Rubinho e Schumacher... Quero mandar um beijo para..." - e começou a desfiar os nomes do patrocinador, do dirigente, da namorada e do técnico Cláudio Guedes, de quem ouviu, pelo fone de ouvido, o "vamos lá" que o empurrou para a vitória. Morcegão também dedicou a conquista ao "amigo Nilceu (Aparecido dos Santos), que não pôde estar aqui". Nilceu está suspenso temporariamente, por doping. A chegada "embolada" ficou bem clara com o segundo lugar de Antônio Xavier Nascimento, da AA Guarulhos, e o terceiro de Hamilton Souza, da SAP Americana, que fizeram o mesmo tempo do vencedor. Morcegão, de 25 anos, elogiou o trabalho da equipe. Márcio May, Róbson Dias e Daizon Mendes neutralizaram escapadas dos times rivais, mantendo-se no pelotão da frente até o fim. Sentiu medo quando viu Francisco Manzo abandonar, na primeira volta, e Hernandez Quadri Jr., na segunda, por causa de quedas. "Vi a coisa ficar feia", disse o técnico Guedes. "Só vi que dava para chegar bem no fim", concluiu o vitorioso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.