Publicidade

Morre enxadrista norte-americano Bobby Fischer

Maior praticante de xadrez do mundo morre aos 64 anos na Islândia por motivo de doença

PUBLICIDADE

Por Agências internacionais
Atualização:

O xadrez perdeu o norte-americano Bobby Fischer, uma das maiores referências do esporte no mundo, que morreu nesta sexta-feira aos 64 anos, vítima de uma doença.   Veja também:  Perfil: Bobby Fischer, a última lenda do tabuleiro de xadrez  Momentos da carreira de Bobby Fischer  Bobby Fischer fez história, diz presidente da Fide   Fischer morreu em sua casa na capital islandesa Reykjavík, onde vivia desde março de 2005. Ele havia permanecido internado num hospital local em outubro e novembro de 2007.   Foi na Islândia que Fischer protagonizou uma das maiores disputas da história do xadrez contra o soviético Boris Spassky, pelo Mundial de 1972.   A vitória foi utilizada como instrumento de propaganda política pelo governo norte-americano, que travava com a antiga União Soviética a 'Guerra Fria' desde os anos 60.   Porém, a partir daí ele não voltou a jogar mais partidas oficiais: em 1975, quando teve de defender o título contra o russo Anatoly Karpov, fez exigências inaceitáveis à Federação Internacional e acabou perdendo por ausência.   Fischer viveu afastado da vida pública desde que chegou à Islândia, país que o acolheu por conta de sua popularidade do duelo com Spassky. O enxadrista recebeu a cidadania local após ficar oito meses num centro japonês para imigrantes ilegais.   O norte-americano foi detido em Tóquio em julho de 2004 por tentar usar um passaporte rejeitado pelas autoridades dos Estados Unidos, que tinham uma ordem de busca e captura contra ele desde 1992 por violar uma proibição do Governo de viajar à antiga Iugoslávia.   Durante a guerra dos Bálcãs, Fischer ignorou as recomendações norte-americanas e viajou para Belgrado, onde superou Spassky em novo confronto entre os dois por US$ 3 milhões.   A revolta contra os Estados Unidos começou após a histórica vitória sobre Spassky em 72. Fisher passou a se sentir um 'boneco' da propaganda norte-americana contra o comunismo e passou de herói a vilão dando declarações controversas contra seu país e chegou até a fazer afirmações anti-semitas, mesmo sendo judeu.    Em Tóquio, Fischer disse que sua prisão foi um 'seqüestro' organizado pelo presidente dos Estados Unidos, George Bush, e sua "marionete", o então primeiro-ministro do Japão Junichiro Koizumi.   Durante sua estadia na Islândia, Fischer considerou o xadrez "morto" para ele.   Atualizado às 11h20 para acréscimo de informação

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.