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Morre o jornalista e escritor Armando Nogueira

Cronista esportivo por quase toda a carreira, ele foi vítima de câncer, aos 83

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Por Redação
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Faleceu nesta segunda-feira o jornalista Armando Nogueira, aos 83 anos, sua casa. Vítima de um câncer no cérebro, ele lutava contra a doença desde 2007. Seu sepultamento será nesta tarde, e o corpo está sendo velado no Estádio do Maracanã.Nascido em Xapuri, no Acre, mudou-se para o Rio aos 17 anos, onde viveu até sua morte. Formado em Direito, iniciou no jornalismo em 1950, no Diário Carioca. Passou por diversos veículos de comunicação, como a revista Manchete e O Cruzeiro, além do Jornal do Brasil.A principal etapa de sua carreira foi na TV Globo, onde chegou em 1966. Foi um dos responsáveis pela implantação do jornalismo na emissora, com a criação do Jornal Nacional e do Globo Repórter. Homem de bastidores, ficou no comando até abril de 1990, quando saiu da emissora e voltou a escrever efetivamente sobre esporte.Sua relação com o esporte, aliás, é profunda. Esteve em todas as Copas do Mundo de 1954 até 2002, e em Olimpíadas desde 1980 até 2004. Teve colunas em diversos jornais pelo País, inclusive no O Estado de S. Paulo, na década de 1990.POESIAApaixonado por futebol, praticante do tênis, sempre usou um lado poético em seus textos para expressar sua admiração por ídolos como Pelé e Garrincha. Uma frase famosa é sobre o que achava do histórico atacante do Botafogo e da seleção brasileira, campeão mundial em 1958 e 62: "Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio". Sobre o futebol: "Temos de basear o nosso futebol em individualidade. Se der para juntar um grupo de talentosos em torno de novos Pelés e Garrinchas, com uma dimensão menor, estaremos mais próximos da nossa escola do que se apelarmos para táticas caricatas".Em sua biografia, escreveu diversos livros, todos relacionados com o futebol: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto), Na Grande Área, Bola na Rede, O Homem e a Bola, Bola de Cristal, O Vôo das Gazelas, A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores, A Chama que não se Apaga e A Ginga e o Jogo.Atualizado às 11h39 para acréscimo de informação

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