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Mudanças na F1 estimularão disputa, diz Ecclestone

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Por Redação
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A nova regra da Fórmula 1 que prioriza o número de vitórias em detrimento da pontuação dos pilotos irá estimular a competição na categoria, segundo o dirigente Bernie Eclestone. A FIA (entidade que dirige a F1) adotou a mudança na terça-feira, para valer já na temporada de 2009, que começa no dia 29 com o GP de Melbourne (Austrália). O campeão será o piloto com mais vitórias, mas a pontuação continuará sendo usada para definir as demais posições e o Mundial de Construtores. Ecclestone havia proposto um quadro de medalhas, igual ao sistema olímpico. Por esse método, o campeão de 2008 teria sido o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, que venceu mais GPs do que o campeão Lewis Hamilton, britânico da McLaren. Em entrevista à BBC, Ecclestone se disse satisfeito com o acordo final. "É uma espécie de modificação da minha ideia das medalhas, que eu queria que fosse até o bronze para o terceiro lugar, mas é um bom começo", disse Ecclestone. "A ideia é colocar as pessoas para correr, de modo que se alguém estiver em segundo vai tentar ganhar, em vez de pensar que se por acaso vencer vai conseguir só dois pontos (a mais que o segundo colocado). Essa não é uma grande motivação para fazer alguma coisa para tentar ultrapassar alguém." Ecclestone disse que as queixas sobre a falta de ultrapassagens na Fórmula 1 se devem, por um lado, à mentalidade dos pilotos e ao sistema de pontuação e, por outro, ao projeto dos carros e ao traçados dos circuitos. "Acho que afinal isso tem muito a ver com os pilotos que estão de fato guiando os carros. Se você estivesse em primeiro e eu estivesse em segundo, eu acharia que seria um risco ultrapassá-lo, não me preocuparia em fazê-lo." O britânico, que controla os direitos comerciais da categoria, disse que a mudança foi aceita unanimemente pelo conselho desportivo da FIA, e que a reação inicial dos pilotos foi positiva. "Os caras que sabem que vão vencer estão bastante contentes, e os que não vão vencer não ligam, então é uma ótima situação." (Reportagem de Alan Baldwin)

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