PUBLICIDADE

Publicidade

Mulheres começam a mostrar superioridade

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Brasil soma 14 medalhas olímpicas no atletismo (quatro de ouro) mas, antes de Maurren Maggi vencer a prova do salto em distância em Pequim/2008, nenhuma delas era feminina - Adhemar Ferreira da Silva conquistou o bicampeonato no salto triplo ( Helsinque/1952 e Melbourne/1956) e Joaquim Cruz ganhou os 800 m nos Jogos de Los Angeles, em 1984.Nos Mundiais, a conta é menor: desde a primeira edição, em Helsinque/1983, são 11 pódios. E o primeiro ouro veio apenas agora, com Fabiana Murer - também a primeira mulher a sentir o gostinho de uma medalha em competições de tal porte. Antes dela, as 10 medalhas eram masculinas (cinco de prata e cinco de bronze).As conquistas inéditas mostram que as mulheres acabaram se tornando os expoentes do atletismo nacional, pobre de resultados de relevância internacional nos últimos anos. O Brasil não subia ao pódio em Mundiais desde Osaka/2007, quando Jadel Gregório, do salto triplo, levou o bronze. Passou a competição em Berlim, em 2009, em branco.As mulheres são maioria na delegação do País em Daegu (15, contra 14 homens, participando de dois revezamentos) e, até agora, dominam o número de finais no Mundial: são três (salto em distância, salto triplo e salto com vara), contra duas masculinas (salto com vara e marcha atlética de 20 km).A triplista Keila Costa, que foi medalha de bronze no salto em distância no Mundial Indoor (pista coberta) de Doha, em 2010, disputa a final do salto triplo em Daegu a partir das 7h20 de amanhã. É grande, também, a expectativa em relação ao revezamento 4 x 100 m feminino, prova em que as mulheres estiveram próximas do pódio nas duas últimas principais competições. Na Olimpíada de Pequim, em 2008, ficaram com a 4.ª posição. No Mundial de 2009, foram 5.º. A aposta é de que o bronze é possível.A força motriz da disputa em grupo é Ana Cláudia Lemos, velocista que bateu o recorde sul-americano dos 100 m em 2010. Sua expectativa era a de bater a marca (11s15) em Daegu, mas não conseguiu. Ela parou na semifinal, junto com outra brasileira, Rosângela Santos. O revezamento fecha o Mundial, domingo. As eliminatórias serão às 6h30 (de Brasília) e a final, às 8h35.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.