PUBLICIDADE

Publicidade

Mundial termina com apenas dois recordes

Os EUA foram os vencedores seguidos da Rússia e da Etiópia; o Brasil ficou em 39º com apenas uma medalha de bronze, nos 4 x 100 metros.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Mundial de Paris mostrou uma nova geração, o cerco ao doping, especialmente na equipe norte-americana, e que os Estados Unidos e a Rússia mandam no atletismo, apesar da supremacia da África nas provas de meio-fundo e fundo - a Etiópia ganhou sete medalhas, três delas de ouro. Os resultados do miolo também provaram que vários países (Suécia, Grécia, Cuba, Canadá, Itália, Inglaterra, etc) estão atuando no desenvolvimento do esporte. "Com a subida de nível no miolo, a federação internacional pode aumentar os índices", observa o técnico Carlos Alberto Cavalheiro. Mas o Mundial também ficou marcado por ter pouquíssimas quebras de recordes. Apenas dois, ambos na marcha atlética dos 20 e 50 quilômetros. O Brasil não repetiu a campanha de Sevilha (1999), mas melhorou em relação a Edmonton (2001). "Retomamos o caminho do crescimento", diz Cavalheiro. Em Sevilha, o Brasil ganhou duas medalhas de prata, fez dois 4° lugares e um 8°. Em Edmonton, um 5° e um 7°. Em Paris, o saldo foi a medalha de bronze do revezamento 4 x 100 m, o 5° lugar de Jadel Gregório, no salto triplo, o 6° de Márcio Simão de Souza, nos 110 m com barreiras, e o 8° de Osmar dos Santos, nos 800 m, em 17 atletas. Na classificação geral, ficou na 39ª colocação, à frente apenas da Índia, Casaquistão e Senegal. Os russos foram mais consistentes no Mundial de Paris, realizado no Stade de France, com bom público todos os nove dias de competições - somaram o maior número de pontos, considerando-se resultados de primeiro a oitavo. Quadro - No quadro de medalhas mandou os Estados Unidos, com 20 (10 de ouro, 8 de prata e 2 de bronze). Mas os russos chegaram perto, com 19 (6 de ouro, 8 de prata e 5 de bronze). A renovação ficou destacada, por despedidas, como a do inglês Jonathan Edwards, aos 37 anos, recordista mundial do salto triplo (18,29 m). O pódio da prova foi ocupado por três atletas jovens, incluindo o campeão mundial, Christian Olsson, de 23 anos. Também pela vitória da etíope Tirunesh Dibaba, que tem 18 anos e 37 dias, a mais jovem campeã da história dos mundiais, nos 5.000 metros, e também pela medalha de prata nos 100 metros, ganha pelo atleta de Trinidad e Tobago, Darrel Brown que nas quartas-de-final bateu o recorde mundial juvenil (10s01). Os Estados Unidos enfrentaram dois escândalos de doping em Paris. O primeiro, com a divulgação internacional de que Jerome Young, medalha de ouro nos 400m (44s50), teve um caso de doping ocultado pela federação americana de Atletismo, quando correu o revezamento 4 x 400 m, na Olimpíada de Sydney, em 2000, e da velocista Kelli White, vencedora dos 100 e 200m, em Paris, que teve resultado positivo em um controle feito durante o Mundial para uma substância estimulante. O país ainda enfrentou a debandada de seus velocistas dos 100 metros - John Drumond por ausência de fair play, Maurice Greene e Tim Montegomery, alegando contusões. A Iaaf, em seu congresso que antecedeu o Mundial, aprovou sua adesão ao Código Mundial Antidoping, da Wada, a Agência Mundial, que vai vigorar a partir de 2004, com normas para todos os países e todos os esportes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.