PUBLICIDADE

Publicidade

Muricy fica tonto com o nocaute no final

Por Bruno Lousada
Atualização:

O técnico Muricy Ramalho definiu em duas frases a incredulidade do time do São Paulo com a desclassificação na Taça Libertadores com um gol aos 46 minutos do segundo tempo. "Podemos ficar aqui a noite inteira que eu não vou encontrar explicação para o que aconteceu", disse o treinador. "Somos como um boxeador que tomou nocaute, mas a vida continua. E temos de nos recuperar para o jogo de domingo." O técnico, no entanto, não descarta a possibilidade de não continuar no Morumbi. "Tenho gás para continuar, só não sei se vão deixar." O atacante Adriano, que marcou o gol do time do Morumbi, saiu de campo inconformado. "Faltou experiência, mais nada. Não dá para tomar um gol desse jeito", desabafou. Muricy discordou. "A única coisa que atrapalhou foi a expulsão do Joílson. Acho que o árbitro foi muito rigoroso." Herói da classificação do Fluminense, o atacante Washington se preocupou em agradecer e lembrar da longa e dramática trajetória que viveu, ao ter a carreira quase encerrada por um problema cardíaco. "Obrigado Senhor. Só tenho de agradecer à torcida e a minha família, que sempre me apoiaram", disse o jogador, que ao marcar o gol da classificação não conseguiu conter a emoção e chorou. Após a partida, Washington foi abraçado com carinho pelo ex-jogador Assis, ídolo do tricolor carioca na década de 80. O técnico Renato Gaúcho ficou atônito. Depois do apito final foi até o meio do gramado, sentou-se e ficou olhando o infinito, como se não acreditasse que time havia acabado de conquistar com um gol nos minutos finais. "Agora faltam quatro jogos para realizarmos nosso sonho", disse o treinador que se definiu como "um profissional com estrela, predestinado, mas também competente." Quanto a Washington, Renato definiu: "Ele é abençoado." Segundo o treinador. "Ninguém merecia mais essa vitória do que ele." PIMENTA Houve confusão nos vestiários depois do jogo. Adriano tentou deixar o estádio passando próximo a um grupo de torcedores do Fluminense. Um tumulto se formou e só foi controlado pela polícia, quando esta usou de gás de pimenta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.