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Muricy testa nova dupla de frente

No rodízio, Dagoberto e Washington iniciam partida contra Santo André, no Morumbi; Rogério Ceni está recuperado

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Por Giuliander Carpes
Atualização:

O elenco são-paulino passa por mais uma prova hoje, às 17 horas, diante do Santo André, no Morumbi. Cauteloso, o técnico Muricy Ramalho mantém o rodízio entre os jogadores no Campeonato Paulista com vistas a encontrar a melhor formação antes da estreia do time na Taça Libertadores. Miranda e Zé Luís devem ser poupados. Dagoberto e Washington formarão pela primeira vez na temporada a dupla de ataque. Acompanhe online as partidas de Palmeiras e São Paulo, às 17 horas Muricy tenta resolver até dia 18, data da primeira partida no torneio continental, um problema daqueles que todo treinador gostaria de ter. O comandante são-paulino tem três boas opções para duas vagas na frente. Washington e Borges são centroavantes, jogam enfiados na área, embora tenham características diferentes. Dagoberto é o homem de velocidade e maior capacidade de armação. Por causa das distintas características, a dupla Washington-Dagoberto pode sair em vantagem pela titularidade na Libertadores. Os dois centroavantes de área, Washington e Borges, tiveram oportunidade na última rodada, diante do Guarani, e não mostraram bom desempenho juntos. Só a partir da entrada de Dagoberto na vaga de Borges o time engrenou e conseguiu a vitória, fora, por 2 a 0. "São jogadores diferenciados", resumiu o treinador. "O Dagoberto conseguiu recuperar o bom futebol no ano passado e, neste ano, está melhor ainda, principalmente na parte física. O Washington é um grande goleador, sabe o que faz dentro da área e está se acostumando com nosso modo de jogar." A utilização de Washington dá ao São Paulo uma opção que Muricy adora e foi deixada um pouco de lado depois da saída de Adriano, no meio da temporada passada: as jogadas aéreas. "Essa é uma característica muito forte nossa", ratificou Muricy. "Sempre temos a preocupação de buscar o fundo do campo. Usamos muito os cruzamentos. E do fundo de campo é melhor porque pegamos a defesa mal posicionada." Como o São Paulo tem nomes fortes no ataque, surgiu a indagação se o time poderia atuar com os três juntos, numa formação mais ofensiva. "Seria muito bom... para os adversários", ironizou Muricy. "No futebol de hoje, a gente precisa recuperar a posse de bola rapidamente. Como eu faria isso com três jogadores de frente e mais o Hugo, que funciona também como um atacante?" Muricy até ousou uma comparação com o Barcelona, que joga com Messi, Eto?o e Henry na frente. Mas negativa. Para o treinador, o futebol brasileiro costuma atuar com laterais que auxiliam o ataque, diferentemente dos times europeus. "Os laterais teriam de ficar presos atrás, sem apoiar, seriam apenas laterais e não alas", explicou. "E o São Paulo tem volantes que saem muito para o jogo, com qualidade. Perderíamos isso porque teria de prender o Jean e o Hernanes também." Ou seja, o 4-3-3 está descartado. A dinâmica de jogo do São Paulo nos últimos anos, com três títulos brasileiros consecutivos, é outra. E Muricy não pretende mudar um sistema que vem dando certo há tanto tempo. A única preocupação de Muricy, não exatamente para o jogo desta tarde, mas para a temporada, é o tamanho do elenco são-paulino. Há apenas 20 jogadores à disposição. Podem faltar opções mais adiante.

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