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Muricy volta ao Morumbi como rival

Técnico dirige Palmeiras pela 1.ª vez contra o São Paulo, em jogo decisivo

Por Daniel Akstein Batista e Giuliander Carpes
Atualização:

file://imagem/93/muricy.jpg:1.93.12.2009-08-30.6 O sonho do tetracampeonato brasileiro do São Paulo passa pelo caminho do técnico que lhe deu os últimos três títulos. Um confronto que promete um reencontro cheio de surpresas, emoção e também rivalidade, às 16 horas, no Morumbi. Muricy Ramalho agora está do outro lado do muro, no comando do líder Palmeiras, e vai enfrentar pela primeira vez a equipe que terminou os três anos que passaram no topo. Muricy foi demitido pelo São Paulo em junho, logo após a eliminação na Taça Libertadores. Deixou o time na 12ª colocação do Brasileiro. Nos jogos seguintes, já com Ricardo Gomes, a equipe oscilou um pouco, mas depois deu uma arrancada e chegou até a ocupar a 2ª posição, a apenas um ponto do rival - agora, quatro pontos separam as duas equipes. Uma semana depois de o São Paulo perder Muricy, o Palmeiras demitiu Vanderlei Luxemburgo e voltou suas atenções para o ex-são-paulino. Foi atrás dele e, num primeiro momento, não aceitou a proposta salarial pedida pelo técnico. Não desistiu e, quando todos achavam que Jorginho permaneceria no comando alviverde, o acordo acabou sendo fechado. Com o time na liderança, Muricy seguiu o trabalho do antecessor. No CT vizinho, porém, algumas reclamações e broncas. Dagoberto, Washington e Borges foram alguns dos atletas que vieram a público para contar o desgaste que tinham com o técnico. Ele mesmo, já com o novo uniforme, disse que a diretoria palmeirense pensava diferente, que as pessoas não ficavam com "biquinho". Uma crítica direta aos cartolas tricolores do outro lado do muro. "O Morumbi não é um campo neutro, mas aqui é time grande também", disse. "Vamos querer ganhar o jogo, que vale bastante." O jogo do Morumbi não terá apenas o reencontro entre Muricy e São Paulo como ingrediente principal. Se não tivesse tropeçado na rodada passada (a derrota para o Atlético-PR acabou com a sequência de sete vitórias consecutivas e nove jogos de invencibilidade), os donos da casa jogariam pela liderança - o triunfo poderia colocá-lo na frente, pela primeira vez nesta edição do torneio. Ganhar do rival, porém, é fundamental se quiser manter vivo o sonho do título. "Não tem outro resultado: ali é a nossa vida. Se quisermos conquistar o tetracampeonato seguido temos que buscar uma vitória", afirmou Rogério Ceni. Ao contrário do São Paulo, o Palmeiras mantém o equilíbrio no Brasileiro e segue no G-4 desde a 9ª rodada. A vitória contra o Fluminense, há sete partidas, o deixou na ponta e, desde aquele dia, não a mais perdeu. Hoje, vai a campo empolgado com a contratação de Vágner Love, que deve ser apresentado amanhã. A dúvida de Muricy é em relação a Cleiton Xavier, machucado. O meia pode ser o único desfalque do Palmeiras. O São Paulo deve entrar em campo com os 11 titulares de costume escalados por Ricardo Gomes, embora o técnico não divulgue a escalação. O são-paulino é taxativo: "Vencerá o clássico quem ganhar o duelo no meio-campo." Os jogadores alviverdes, porém, ocupam as primeiras posições das estatísticas em quesitos que envolvem, prioritariamente, atletas do meio. Cleiton Xavier é o recordista de assistências da competição até aqui, com 12 em 19 jogos. Nos desarmes, o destaque é sempre Pierre, que neste Brasileiro só perde para Willians, do Flamengo - tem 64 roubadas de bola contra 89 do rubro-negro. "Temos de ousar sem perder a organização para reverter essa vantagem", comentou.

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