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Na vitória da Ferrari, Rubinho sonha

Equipe e Raikkonen ganham a 1.ª; brasileiro encosta mais no líder

Por Livio Oricchio e SPA
Atualização:

A primeira vitória de Kimi Raikkonen e da Ferrari na temporada, ontem no GP da Bélgica, teve menos impacto que a sensacional e convincente segunda colocação de Giancarlo Fisichella da então última colocada do campeonato, Force India. Cruzou a linha de chegada apenas 939 milésimos de segundo atrás do finlandês. Mas os dois pontos que Rubens Barrichello recuperou do companheiro de Brawn GP, Jenson Button, com o sétimo lugar, aumentaram ainda mais a possibilidade de poder ser campeão do mundo. Antes da prova de Valência, dia 23, a diferença de Button, líder, para Rubinho, quarto na classificação, era de 26 pontos. Rubinho venceu o GP da Europa e o inglês foi sétimo. Ontem, Button acabou envolvido num acidente e Rubinho, apesar do problema na embreagem - a terceira vez este ano -, recuperou-se extraordinariamente para receber a bandeirada no circuito de Spa-Francorchamps em sétimo, mesmo com o motor em chamas. Assim, Button soma os mesmos 72 pontos e Rubinho, 56. A diferença caiu para 16. "Podia ser menor se não tivesse ficado parado na quarta posição no grid? Sim. Mas essa corrida deve ser vista como algo muito mais positivo que negativo", disse Rubinho. "Caí praticamente para último na largada e depois ultrapassei muita gente, fiz uma das melhores ultrapassagens da minha carreira e consegui 2 pontos." Rubinho deixou para trás Mark Webber, da Red Bull, na 15ª volta, na curva Blanchmont, para assumir o nono lugar. "É uma curva que fazemos acima dos 320 km/h, aproveitei seu vácuo, fui por fora e entrei para o tudo ou nada." As chances de Rubinho se apresentar nas etapas finais como candidato ao título cresceram ontem na Bélgica porque seus dois outros adversários, Sebastian Vettel e Mark Webber, mais uma vez tiveram problemas de motor. Ambos dispõem, agora, apenas de mais um motor Renault novo para as cinco provas que restam no calendário. O regulamento impõe o limite de oito motores. A cada unidade nova o piloto perde dez colocações no grid. Ontem Vettel fez ótima corrida e foi terceiro. Soma 53 pontos, diante dos mesmos 51,5 de Webber por ter sido apenas nono. Ainda a favor de Rubinho está o momento psicológico de Button, visivelmente abatido por conquistar apenas 11 pontos nas cinco últimas etapas, depois de ter vencido seis das sete corridas anteriores - o brasileiro somou 21. Esse abatimento tem se refletido no seu desempenho. "Acho que sim", respondeu Rubinho, com um sorriso, à pergunta se via também suas chances de ser campeão aumentarem. "A condição para o campeonato é mesmo positiva." Enquanto Button ficava de fora ainda na primeira volta em Spa, ontem, ao ser tocado por Romain Grosjean, substituto de Nelsinho Piquet na Renault, em péssimo fim de semana, Rubinho cruzou a linha de chegada, ao final da primeira volta, em 14º. Ultrapassou ao longo das 44 voltas, na pista e nos pit stops, seis adversários. A duas voltas da bandeirada, um susto: "Quando vi a fumaça saindo do motor senti um frio na espinha. Esqueci o Heikki Kovalainen (com quem lutava pelo sexto lugar), passei a mudar as marchas antes para conseguir os 2 pontos." Deu certo, apesar do risco de poder rodar numa curva a cerca de 300 km/h por causa da perda de óleo do motor. Monza é o local do próximo GP, dia 23. "Teremos um pacote aerodinâmico novo e nosso carro é bom para atacar as zebras, deveremos ir bem."

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