PUBLICIDADE

Nadador paralímpico do Vasco brilha após reimplantar a perna perdida em acidente

Lucas Roberto, de 18 anos, é uma das promessas brasileiras no esporte paralímpico

Por Rafael Franco
Atualização:

Um dos garotos selecionados para o camping do CPB, Lucas Roberto, de 18 anos, é considerado uma das principais promessas da natação paralímpica do Brasil. Atleta do Vasco, ele faz parte da classe S10, a que classifica os atletas com menor grau de deficiência, e é cotado para preencher no futuro o lugar de nomes consagrados da modalidade, como André Brasil.

PUBLICIDADE

+ Parsons mira estruturar comitês nacionais para fortalecer esporte paralímpico

Para ganhar este status, Lucas teve de superar um drama pessoal que quase o fez perder a sua perna direita. Atropelado por um carro quando tinha 10 anos, o garoto precisou reimplantar o membro o porque corria grande risco de morte em uma cirurgia de amputação por já ter perdido muito sangue antes de chegar ao hospital em que foi operado, em Duque de Caxias (RJ).

Lucas será preparado para honrar a tradição do Brasil na natação. Foto: Fabio Motta/Estadão

“Tive o acidente em 2010. Estava limpando a piscina na casa do meu avô em Xerém e depois sai pra encontrar um amigo. Estava sentado na calçada e veio um bugue, que arrancou a minha perna”, lembrou Lucas, que ganhou alta dos médicos no dia em que completou 11 anos, após mais de um mês internado. “Fiquei em coma e acordei cinco dias depois da cirurgia, além de 23 dias no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).”

A partir dali, começou a fazer fisioterapia e acabou indo parar no Vasco, que é referência na formação de atletas paralímpicos, após ter indicada a hidroterapia para a sua recuperação. Estava com 13 anos. Sua mãe, Patrícia, entrou no clube com o menino no colo após chegar a ser barrada por seguranças, mas conseguiu um teste para o garoto após aprontar um escândalo para ingressar em São Januário.

O “chilique’’ valeu a pena, pois a estrutura do clube ajudou muito o menino a se recuperar e o transformou em atleta paralímpico, que vem colecionando medalhas, entre elas as que faturou nas Paralimpíadas Escolares. “Disputo esta competição desde 2015, quando ganhei medalhas de bronze e prata, e agora em 2017 ganhei um ouro e duas pratas”, destacou Lucas, que é especialista no nado costas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.