PUBLICIDADE

Nalbert: situação é pior que o esperado

Por Agencia Estado
Atualização:

A ruptura no tendão do ombro esquerdo de Nalbert, capitão da Seleção Brasileira de Vôlei, era maior do que esperada pelo ortopedista Sérgio Checchia, que operou o jogador nesta segunda-feira no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. ?A lesão estava maior do que nós esperávamos e foi visto nos exames. Mas o tempo de recuperação da cirurgia de Nalbert será exatamente o mesmo do previsto, ou seja, de quatro a oito meses. O tendão dele é bom?, disse Checchia após a cirurgia. A previsão é de que nesta terça-feira mesmo Nalbert receba alta do hospital. Às 7h30, Nalbert chegou acompanhado da família ao hospital e foi submetido a exames. Foi para o centro cirúrgico por volta das 14h. A operação, que teve a supervisão dos médicos da Seleção Brasileira Álvaro Chamecki e Ney Pecegueiro foi rápida e terminou uma hora e meia depois. ?A cirurgia foi tecnicamente perfeita?, disse Chamecki. O jogador se submeteu à cirurgia para sutura ( costura) do tendão supraespinhoso no ombro esquerdo por artroscopia ? técnica minimamente invasiva. ?O tendão foi suturado de encontro ao osso para que ele se cicatrize?, explicou Checchia. Nalbert reagiu bem à cirurgia e segundo Checchia a ?operação foi ótima.? Nesta terça, Nalbert já poderá iniciar um trabalho de fisioterapia passiva, sem esforço. Os movimentos mais fortes só poderão ser realizados após a cicatrização do local, que normalmente ocorre em seis semanas. ?Depois ele poderá iniciar um trabalho de amplitude e movimento?, reforçou. Nalbert não chegou a conversar com o médico antes da cirurgia, pois ele estava ?chumbado?, mas segundo Checchia ele estava tranqüilo. A lesão no ombro de Nalbert ocorreu no dia 14, durante uma partida do Campeonato Italiano, seu time, o Macerata, enfrentava o Ferrara. O jogador contou como foi a jogada. Quando ele foi atacar uma bola, na hora em que jogou os braços para trás, sentiu ?uma fisgada muito forte?. O jogador abandonou a partida, pois não conseguia mais levantar o braço. Os médicos do Macereta chegaram a sugerir que Nalbert operasse somente depois de Atenas, em razão de o jogador ser destro e a lesão ter ocorrido no ombro esquerdo. Mas além de optar por operar no Brasil, Nalbert descartou a sugestão. ?Nalbert prefere a cirurgia agora para tentar jogar em Atenas a empurrrar com a barriga?, disse na semana passada o médico da seleção brasileira Ney Pecegueiro. A volta às quadras dependerá da evolução do pós-operatório. Antes da contusão, Nalbert planejava jogar na Olimpíada de Atenas, em agosto ? o ouro olímpico é o título que falta na carreira do jogador ?, e, depois, jogar no vôlei de praia, para disputar a Olimpíada de Pequim/2008. ANA MOZER - Um caso de lesão na véspera dos Jogos Olímpicos aconteceu em em 1996 com a ex-jogadora de vôlei Ana Mozer. Em janeiro do mesmo ano, ela passou por uma cirurgia no joelho para reconstituir o ligamento cruzado anterior. A previsão de recuperação da cirurgia dos dos médicos era de oito meses, no entanto, ela atuou menos de quatro meses depois. Se não bastasse, jogou em todas as partidas pela seleção e ainda ajudou o Brasil a conquistar a medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta/96. A cinco meses da Olimpíada de Atenas, Nalbert agora luta contra o relógio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.