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''Não estamos preparados para perder''

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Por Almir Leite
Atualização:

Ronaldinho Gaúcho ganhou uma medalha em Pequim: a de atleta mais badalado de toda a Olimpíada. Onde esteve foi bastante assediado. Nos estádios, o público vibrava sempre que ele pegava na bola. Quando aparecia no telão, então, era quase delírio. Recebeu a faixa de capitão e a tarefa de comandar a seleção brasileira em campo. Tinha a segunda chance de conquistar a medalha de ouro após integrar a seleção que fracassou nos Jogos de Sydney-2000. Mas ontem, na partida mais importante, teve atuação discreta. O meia-atacante decepcionou. E também se decepcionou com a derrota para a Argentina. "Nós, brasileiros, não estamos preparados para perder", disse. "É uma decepção muito grande não conseguir nosso objetivo maior." Nessa Olimpíada, Ronaldinho voltou a jogar depois de quatro meses parado por contusão. Aos 28 anos, sua convocação surgiu de uma interferência do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Mas, a rigor, ele só foi o Ronaldinho que todos conhecem num único jogo: nos 5 a 0 sobre a Nova Zelândia, na primeira fase. Agora, o desafio do meia-atacante é encontrar motivação para a disputa da medalha de bronze, sexta-feira, contra a Bélgica, em Xangai. E também tentar motivar os companheiros. "É conversar, um procurar animar o outro, para que a gente conquiste a medalha e acabe bem a Olimpíada." Ele preferiu não analisar sua participação nos Jogos. "É difícil fazer isso logo após uma derrota." Mas reconheceu a superioridade argentina. "Foi um jogo bem disputado no primeiro tempo. No segundo, eles marcaram um gol no começo. E a gente dormiu em alguns momentos." Ronaldinho disse que pretende continuar ajudando a seleção. "Ainda tenho muitos anos pela frente com essa camisa."

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