Publicidade

Não ir à abertura dos Jogos seria só 'escapatória', dizem EUA

Conselheiro de Segurança dos Estados Unidos diz que boicote às Olimpíadas seria só uma desculpa

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley, disse neste domingo que não comparecer à abertura dos Jogos Olímpicos em Pequim, em agosto, em protesto contra a situação no Tibete, como ameaçam alguns países, seria só uma "escapatória". Veja também:  O trajeto completo do revezamento da tocha pelo mundo  Os protestos e a ligação histórica com os Jogos Olímpicos Em declarações ao programa "Fox News Sunday", Hadley considerou que o boicote à cerimônia de abertura dos Jogos é "uma ilusão". "Infelizmente, acho que muitos países pensam: 'bom, se dissermos que não vamos à abertura, damos nossa contribuição pelo Tibete'. Isso é uma escapatória", disse o conselheiro. Para Hadley, é preferível a "diplomacia calada" que os Estados Unidos praticam para transmitir suas mensagens ao Governo chinês. Segundo o funcionário americano, os países que se preocupam com o Tibete deveriam "enviar uma mensagem clara aos chineses de que esta é uma oportunidade de mostrar ao mundo que estão decididos a tratar esse povo com dignidade e respeito". Os países devem "pressionar de maneira discreta as autoridades chinesas para que se reúnam com representantes do dalai lama - o líder espiritual tibetano - e usem isso como uma oportunidade para resolver a situação", disse Hadley. O presidente americano, George W. Bush, utiliza "sua própria diplomacia pessoal" para expressar essa mensagem a Pequim, afirmou. Em 26 de março, Bush telefonou ao presidente chinês, Hu Jintao, para pedir moderação em relação à situação no Tibete e para se reunir com representantes do dalai lama. Até o momento, o presidente americano não deu sinais de que vai boicotar a cerimônia de abertura dos Jogos, em 8 de agosto, mas ainda não confirmou sua presença. "Não vejo os Jogos Olímpicos como um acontecimento político, mas sim como um acontecimento esportivo", afirmou Bush na semana passada. O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e a chanceler alemã, Angela Merkel, já anunciaram que não comparecerão ao evento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.