PUBLICIDADE

Publicidade

Natação do Brasil quebra recorde de ouros com vitória do 4x100m

Por PEDRO FONSECA
Atualização:

Comandada por Thiago Pereira, a natação do Brasil alcançou nesta sexta-feira seu recorde de medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos. A vitória do revezamento 4x100 metros livre masculino sobre os Estados Unidos na última final do dia garantiu a oitava medalha dourada no Rio, uma além das sete conquistadas nos Jogos de Winnipeg, em 1999. Dos oito ouros brasileiros, cinco tiveram a participação de Thiago: 400m medley, 200m medley, 200m costas, 4x200m livre e 4x100m livre, em que ele nadou a classificatória. Os outros são de Rebeca Gusmão, nos 50m livre, Káio Márcio, nos 100m borboleta, e de César Cielo, nos 100m livre. A cereja no bolo foi a medalha no revezamento desta manhã, obtido com as quebras dos recordes pan-americanos e sul-americanos. Fernando Silva, Eduardo Deboni, Nicolas Oliveira e Cielo levaram o Brasil a uma vitória emocionante sobre a equipe norte-americana. Assim como na conquista do 4x200m livre, Nicolas foi fundamental para a vitória brasileira. Ele saltou depois Deboni atrás dos adversários, mas entregou para Cielo fechar já em vantagem. "Eu peguei atrás e coloquei na cabeça que queria entregar na frente para o Cielo, porque eu tinha certeza que se entregasse na frente não teria como os Estados Unidos pegar. A confiança que eu tenho no meu companheiro de equipe é muito grande", disse Nicolas a jornalistas logo após a vitória. Minutos antes, o nadador mineiro havia deixado a piscina frustrado por não ter conseguido subir ao pódio nos 200m livre. Ele nadou as três primeiras voltas na liderança da prova, mas não teve gás para manter o ritmo e acabou em quarto. A segunda medalha de ouro no Pan, ambas em revezamentos, foram a melhor forma de encontrar consolo. "É uma adrenalina diferente, você não está representando só você mesmo, mas (mais) três companheiros e essa torcida toda. Não é só o meu nome, é o país inteiro. É uma outra motivação, uma outra energia, eu realmente adoro." Considerado pelos próprios companheiros como "trunfo" da equipe brasileira, Cielo vibrou pela quebra do recorde sul-americano de 3min17s03, que havia sido marcado pelo Brasil no Mundial de Melbourne, mas com uma formação diferente da do Pan. A vitória brasileira foi conquistada com o tempo de 3min15s90, com boa vantagem para os Estados Unidos (3min16s66) e para a Venezuela (3min18s97). A marca do Brasil foi a sétima melhor do mundo em 2007. "A gente superou as expectativas nadando mais de um segundo abaixo do recorde sul-americano", afirmou Cielo, que estava na equipe de Melbourne. "Esse tempo com certeza seria para final olímpica, mas não é só isso que a gente quer, e vamos seguir treinando muito e disputando outras competições juntos para melhorar ainda mais." Cielo, que venceu os 100m livre do Pan, considerou a formação da final como a melhor do Brasil atualmente para a prova. Com o recorde de ouros já batido, os nadadores brasileiros seguem agora atrás do recorde total de medalhas, as 21 conquistadas em Santo Domingo-2003. Por enquanto já foram 16 (8 de ouro, 3 de prata e 5 de bronze). A competição de natação segue até domingo. Além dos ouros desta sexta, o Brasil também subiu ao pódio com Monique Ferreira, que conquistou o bronze nos 200m livre.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.