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Natação: Negreiros sonha com Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

Na sua primeira etapa da Copa do Mundo de Natação fora do País, o carioca Armando Negreiros, de 19 anos, trouxe na bagagem a medalha de prata nos 400 metros livre de Moscou. Só perdeu para o atleta da casa, Yuri Prilukov, finalista olímpico em Atenas/2004. De quebra, ele bateu o recorde sul-americano da prova, que durava 15 anos e pertencia ao também brasileiro Cristiano Michelena - marcando 3m46s09 contra 3m46s49. O resultado foi "inesperado", uma vez que o nadador ficou duas semanas parado por causa das festas de fim de ano e voltou a treinar há menos de um mês. "Foi a melhor competição da minha vida. Ainda mais porque não estava treinando para este campeonato, e sim para o Mundial de julho. Foi uma surpresa mesmo", contou Negreiros. Ele tentará o índice para o Mundial - ainda sem local definido em razão de Montreal não ter conseguido verba suficiente de patrocinadores para realizar o evento -, durante o Troféu Brasil, em maio. Em Moscou, Negreiros obteve o melhor tempo de sua carreira, iniciada quando tinha 4 anos, no Tijuca Tênis Clube, por incentivo do pai (Armando), que também nadava. O garoto não gostava muito da água. "No começo ?chiava? um pouco, achava chato", revela. Ele só tomou gosto pelo esporte aos 12 anos, quando foi campeão brasileiro dos 800 metros (prova não-olímpica para os homens). A partir daí, não parou mais. Três anos mais tarde, em 2000, o nadador disputou sua primeira etapa de Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, e foi o quinto melhor do mundo nos 400 metros livre. De lá para cá, se especializou na distância. Bem próximo do índice para o Mundial, em piscina olímpica (50 metros), Negreiros acredita que, se treinar um pouco mais forte, conquistará a vaga - o índice na piscina de 50 metros é 3m52s00. Sem patrocinador, Armando concilia a carreira de nadador com os estudos. Começa ainda neste mês o curso noturno de Administração de Empresas em uma faculdade particular do Rio de Janeiro. "O Brasil tem muitos talentos, mas eles precisam de incentivo. Infelizmente, não dá para viver da natação no País. Se um dia tiver uma oportunidade de treinar lá fora, vou embora...". Para a etapa brasileira da Copa do Mundo, em Belo Horizonte (MG), de 18 a 20 de fevereiro, Armando está animado. "Dá para pensar em final nas duas provas (400 e 1.500 metros livre)", analisou. Nos 1.500m, ele foi sexto na Rússia. O favorito nas duas provas, o russo Yuri Prilukov, virá ao Brasil.

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