Nélio: Redelen pode ir à final olímpica

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Por Agencia Estado
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Belém, 23 (AE) - Redelen tem um nome diferente para um corredor do atletismo brasileiro. Mas o sobrenome denuncia a origem, é dos Santos, como o de grande parte dos atletas da modalidade. O especialista em uma prova difícil como a barreira explica que o nome vem de Redley, inspiração que a mãe e a madrinha tiveram, quando nasceu, da leitura de uma revista de moda norte-americana. "Virou Redelen", comenta, sorrindo. Redelen dos Santos, de 28 anos, terminou o Grand Prix Brasil de Atletismo, hoje, no Estádio Olímpico do Pará, com o recorde sul-americano dos 110 metros com barreiras - 13s33. Com esse tempo, o técnico Nélio Moura assegura, Redelen poderá estar na final olímpica de Atenas. Também passou a ser o dono do primeiro lugar do ranking brasileiro dos 110 metros brasileiros, numa das provas que mais tem evoluido no País. Hoje, são quatro os atletas com índice olímpico - Redelen, Matheus Inocêncio, Márcio Simão de Souza e Anderson Gomes da Silva. "Hoje, Redelen, Matheus e Márcio estão entre os 20 primeiros do ranking mundial. O Anselmo entre os 40. E ainda temos o Walmes (Rangel) chegando, sem contar os nossos juvenis. No Mundial de Paris, no ano passado, eram três brasileiros e o Márcio foi o quinto na final. Hoje, é o nosso melhor conjunto, por prova", afirma o técnico Nélio de Moura, que comanda Redelen, da BM&F Atletismo, em São Paulo. O paulistano de 28 anos, teve crescimento mais lento na prova do que a maioria dos barreiristas. Mas atribui sua evolução à dedicação com os treinos e as competições. "Hoje estou completamente voltado para o que faço", afirmou. Sabe que no Troféu Brasil, de 3 a 6 de junho, haverá "um pega" entre os barreiristas, como no ano passado, mas acha que essa disputa acirrada "é gostosa" e garante que ele, Márcio e Matheus são amigos. "É claro que dentro da pista ninguém se conhece", observa Redelen, que treina com Nélio e Tânia Moura desde 1991 e começou no Centro Olímpico do Ibirapuera, "com a técnica Rosinha". Matheus, que era dono do primeiro lugar no ranking dos 110 metros com barreiras (10s46), foi à zona mista, logo após a prova, dar um abraço em Redelen e garantiu que não ficou aborrecido com o resultado. "Agora o pega vai ser no Troféu Brasil. É questão de estar de cabeça boa e num bom dia."

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