NFL: a liga mais rica do mundo é a que menos joga

Com seis parceiros principais, a liga norte-americana recebe US$ 8,2 bilhões (R$ 34,40 bilhões) só com direitos de transmissão

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Por Wilson Baldini Jr
2 min de leitura

Os fãs do futebol americano têm de setembro a fevereiro para acompanhar os jogos de seu time preferido, afinal são apenas 16 jogos na temporada regular. Mas a menor exposição não impede a NFL de ser a liga mais rica dos Estados Unidos. Nem a NBA, espalhada pelo mundo todo, chega aos seus números financeiros.

Com seis parceiros principais, a NFL recebe US$ 8,2 bilhões (R$ 34,4 bilhões) dos direitos de transmissão, que são repassados igualmente aos 32 times. São US$ 255 milhões (R$ 1 bilhão) por ano só de TV. Para se ter uma ideia, o contrato da Premier League, o Campeonato Inglês, atualmente o melhor e mais bem pago do mundo, é negociado por US$ 3,8 bilhões (R$ 16,15 bilhões).

Equipes da NFL que não vão para os playoffs jogam apenas 16 vezes por temporadas Foto: Mark Brown/AFP

O Dallas Cowboys, visto em média por 91.619 espectadores - a média da NFL é de 67.619 torcedores por partida - em seus jogos, é apontado como a marca mais valiosa da competição, com impressionantes US$ 4 bilhões (R$ 16,7 bilhões). Tanto interesse pelos atletas da liga, jogos e equipes leva um comercial de 30 segundos na TV dos Estados Unidos a custar durante uma partida até US$ 5,2 milhões (R$ 22 bilhões). 

Esse montante poderia ser ainda maior se o calendário da NFL fosse mais prolongado, com mais datas, a exemplo do que ocorre com a NBA (basquete) ou NHL (hóquei), ligas nas quais as equipes atuam 82 vezes só na temporada regular. Isso para não falar dos inigualáveis jogadores de beisebol, que atuam 162 jogos por campeonato. 

O jogo de contato "bruto", uma caractéristica da modalidade, é o principal fator que impede mais jogos no torneio regular. Muitos jogadores se machucam a ponto de não poder mais atuar por aquela temporada. O tempo de recuperação, em muitos casos, impede o retorno do atleta na disputa regular. A quantidade reduzida de partidas também faz com que o torcedor norte-americano busque com antecedência seus ingressos, gerando muito procura.

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* Repórter viajou aos EUA a convite da ESPN, transmissora oficial da NFL