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Ninguém aparece para construir estádio e Natal corre risco

Licitação para construir a Arena das Dunas termina sem uma única proposta e cidade pode até deixar de ser sede do Mundial

Por NATAL
Atualização:

A Copa do Mundo de 2014 está se distanciando da cidade de Natal. Nenhuma empresa se mostra interessada em construir a Arena das Dunas, o que pode levar a Fifa a excluir a capital potiguar. Ontem, dia marcado para a abertura dos envelopes das empresas dispostas a trabalhar na construção do complexo, nenhuma empresa apresentou proposta.O processo licitatório foi aberto ontem após dois adiamentos e um questionamento dos ministérios públicos Federal e Estadual. Embora cinco empresas tenham se inscrito e depositado mais de R$ 4 milhões na conta do Comitê Organizador Local (COL), como garantia de interesse na licitação, nenhuma delas compareceu ontem.O secretário especial da Copa, Fernando Fernandes, foi cauteloso ao avaliar o fato, mas admitiu que foi uma "desagradável surpresa"". Ele disse que irá procurar a Fifa para fazer uma "adequação dos prazos"" das questões burocráticas.Com a licitação deserta, a alternativa do governo estadual é abrir novo edital, o que deverá ocorrer no prazo de 45 dias. "Natal continua como sede. Temos que sentar e encontrar uma saída. Para tudo na vida tem uma saída e com certeza vamos buscá-la"", garantiu Fernandes.Em um documento conjunto, promotores e procuradores do Rio Grande do Norte recomendaram ao governo que retirasse do edital a cláusula em que obrigava a empresa vencedora a contratar e pagar a Stadia Projetos e Consultoria para realizar o projeto executivo da obra. O MP considerou que essa exigência era uma tentativa de burlar a lei das licitações, já que embutia no edital a contratação de uma segunda empresa. O Executivo potiguar seguiu a recomendação.O complexo Arena das Dunas será construído na área do ginásio Humberto Nesi, conhecido como Machadinho, e o estádio João Machado, o Machadão. Ambos serão demolidos para dar lugar ao novo estádio, para 40 mil pessoas e orçado em R$ 420 milhões. A construção será feita no modelo da Parceria Público Privada.

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