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Ninguém quis ganhar

Felipão não escalou o volante Chico por causa de Rivaldo. Fosse pelo camisa 10 do São Paulo, melhor seria ter Márcio Araújo, mais rápido do que o alto cabeça de área que veio do Atlético-PR. Felipão quis ter Chico para aumentar a altura de sua defesa. Mas como Chico era o primeiro volante, uma de suas missões era marcar Rivaldo. Pois quando o Rivaldo dominou a bola aos 40 minutos do primeiro tempo, Chico não estava no seu encalço e Marcos Assunção vinha dois passos atrasado. A defesa do Palmeiras ficou mais alta... e mais lenta. O passe de Rivaldo permitiu a Dagoberto fazer 1 x 0.Só depois disso, Felipão decidiu tirar Márcio Araújo que, escalado como meia, recusou-se a atacar. Trocou-o por Maikon Leite enfiado, junto com Kleber, na defesa são-paulina de três zagueiros. O Palmeiras não ganhou criatividade, mas passou a jogar mais perto da área de Rogério Ceni. A arapuca em que caiu o São Paulo foi parar o jogo com faltas e escanteios. Se o Palmeiras não botou fé no velhinho Rivaldo, o Tricolor se esqueceu que os cruzamentos do outro senhor, Marcos Assunção, são a única arma competente do ataque verde.A diferença do primeiro para o segundo tempo é que na segunda etapa, de predomínio palmeirense, a marcação estava acertada dos dois lados. Com três zagueiros atrás de si, Piris se mandava como lateral. Em vários momentos, Luan não o acompanhou e obrigou Rivaldo, o lateral, a largar Dagoberto. Do outro lado, Fernandinho não acompanhava Cicinho e o palmeirense tinha espaço. A preocupação era evitar a derrota, evidente na opção de Adilson por três zagueiros e de Felipão por Márcio Araújo como meia. A falta de ambição afastou o Palmeiras do Botafogo, na briga pela Libertadores. E tirou o Corinthians do alvo são-paulino.

Por Paulo Vinicius Coelho
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