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No masculino, ouro é americano

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Por Redação
Atualização:

Depois de um início de jogo arrasador, no qual deu a impressão de que a vitória seria apenas questão de tempo, a seleção brasileira de vôlei masculino deixou o time dos Estados Unidos se recuperar e conquistar a medalha de ouro na competição olímpica. O Brasil chegou a fechar o primeiro set por 25 a 20, em 26 minutos, mas o jogo acabou definido em 3 sets a 1 (parciais de 20/25, 25/22, 25/21 e 25/23), com grande atuação do oposto Stanley, principal pontuador da partida. O tricampeonato olímpico foi adiado e o time dirigido por Bernardinho teve de se contentar com a prata. Campeão em Barcelona-1992 e Atenas-2004, e prata em Los Angeles-1984, o Brasil deixou escapar a oportunidade de uma revanche contra os americanos. O time chegou a Pequim com a imagem arranhada. Vinha de uma campanha fracassada na Liga Mundial, disputada no Rio. A derrota para os Estados Unidos na semifinal da competição abalou a equipe. Após a estréia vitoriosa contra o Egito nos Jogos, porém, o Brasil foi melhorando sua pegada, jogo após jogo. "Mesmo contra a Rússia, quando perdemos, não jogamos mal", comentou Bernardinho, antes da final. Mas o time americano tinha uma força a mais nos braços: os jogadores queriam muito dedicar a vitória ao técnico, Hugh McCutcheon, cujo sogro foi assassinado por um chinês no início dos Jogos. A segunda prata olímpica do vôlei masculino foi uma espécie de déjà vu para Bernardinho. Ele fazia parte da seleção de 1984, que perdeu justamente para os Estados Unidos a chance de conquistar o primeiro ouro do vôlei para o Brasil. O técnico, que coleciona vitórias desde 2001, quando assumiu a equipe, já anunciou que pretende deixar a seleção.

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